segunda-feira, 22 de abril de 2013

FemForce - Muito mais que Meninas Super Poderosas


Fem Paragom
Alizarim Crimson

FemForce pode ter sido a primeira equipe só de super heroínas a ganhar notoriedade nos quadrinhos, isto é, no mundo lá fora, pois a publicação não circulou por aqui. O gibi foi publicado pela primeira vez em 1985 pela AC Comics, contando com artistas como Bill Black, Stephanie Sanderson e Mark Heike trazendo personagens das décadas de 40 e 50 que acabaram caindo no domínio público e outros criados especialmente para a série. FemForce (Federal Emergency Mission Force, fazendo um jogo de palavras já que a sigla também pode significar feminino) é uma equipe formada durante a Segunda Guerra Mundial  comandada pelo General Gordon e sediada em Orlando, na Flórida. Os membros são a Senhorita Victória, cuja identidade é Joan Wayne, dotada de poderes como Super Força, capacidade de voar e invulnerabilidade, She-Cat, alter ego de Jéssica Hunt, uma moça que foi possuída pelos poderes de uma estátua da Birmânia de um gato demônio chamado Sekhmet, adquirindo assim poderes como Super Força e agilidade, e seu uniforme a deixou com a cara da Feiticeira Escarlate de Os Vingadores, Bulleteer Azul (Laura Wright) que a princípio não tinha poderes, combatendo o crime como uma guerrilheira mascarada, mas após sofrer um ferimento fatal foi resgatada pelo feiticeiro Azagoth, que lhe conferiu poderes como ficar gigante, tornando-se assim a poderosa feiticeira Nightveil.
Nightveil também apresentou à equipe a heroína Synesthesia (Silva Synn), dotada de poderes psíquicos , dom de voar e provocar ilusões, mas apesar de ser bem poderosa Synn é uma ´´loira burra`` e seus poderes costumam dar errado nos piores momentos devido a sua baixa capacidade de concentração. A equipe original também conta com Rio Rita, mais conhecida por Rita Farrar, espiã espanhola neta da atriz brasileira Senhorita Rio,  uma antinazista criação de 1942 para a revista Fight Comics. Seus inimigos são o Mandíbula de Ferro, as amazonas gigantes, dinossauros, Lady Luger, uma sexy nazista alemã, a feiticeira Alizarin Crimson, o Comando Negro, Garganta, uma giganta que vive sob cuidados da equipe e que em certos pontos instiga a pena do leitor, Mortalha, Preto Sudário e o Grande Deus Capricórnio. Conforme as edições iam avançando mais e mais personagens foram se popularizando, como Stardust, alter ego da doutora Mara, uma dissidente política do planeta Rur, composto unicamente pelo gênero feminino, Tara Fremont, a ´´garota selvagem``, que tem o poder de aumentar seu tamanho e conversar com animais, Colt (Valencia Kirk), que não tem poderes mas é especialista em artes marciais, armas, vigilância, espionagem e tecnologia, uma mistura de Batman com Zorro, só que numa versão apetitosa, Firebeam, espírito de uma mulher morta que pode controlar o fogo, e tantas outras como a mulher libélula Dragon Fly, a ´´sapatão`` Fem Paragon, Thunder Fox, personagem de quadrinhos que ganhou vida, Kitten, a mulher gatinha, e mais três que faço questão de destacar, a belezura da Yankee Girl (Lauren Mason), uma campeã americanizada que ganhou seus poderes das mãos de magos durante a Segunda Guerra, suculenta e majestosa, embora ícone do país do Tio Sam é uma das minhas favoritas juntamente com Rayda (Dyna Morisi), moça que ganhou seus poderes elétricos durante uma tempestade no deserto do oriente médio, sendo carinhosamente batizada por suas colegas de equipe como ´´dínamo humano`` por poder absorver grande quantidade de energia em seu corpo e descarregar enormes explosões como relâmpagos. Seu traje de borracha não condutora de eletricidade foi desenvolvido com a finalidade de proteger as pessoas a seu redor. Entre outras habilidades a heroína fala muitas línguas e trabalha como atriz e dublê. E para fechar a gatinha Buckaroo Betty não merece deixar de ser mencionada. Elizabeth Fury é uma moça durona do Texas do velho oeste que acabou roubando o posto do xerife quando seu marido foi morto injustamente. É tragada para o então presente através de uma viagem maluca temporal e se envolve em missões com a FemForce. Mais tarde Senhorita Victória sai da equipe e sua filha Jennifer ocupa seu lugar. Antes disso a heroína tinha  adquirido personalidade criminosa como a vilã Rad após receber uma overdose da fórmula V-45 que aumentava sua força, a tornando uma terrível ameaça. Colt também já chefiou a equipe, sob desígnio do General Gordon.

Kitten

Lady Luger


















Outras mídias

Muitíssimo pouco conhecido aqui no Brasil, FemForce parece também não ter outra vida fora dos gibis, a não ser, claro, em vídeos e animações feitos por fans, sempre americanos. Podemos dar uma olhada nesse vídeo do Youtube em que numa animação pobre de efeitos, porém com boa vontade e carinho, Blue Bulleteer apresenta suas amiguinhas da FemForce.

Quanto a fan filmes você pode encontrar um monte por aí, mas um que particularmente me chamou atenção foi um que pode ser considerado original, Nightveil - The Sorcerer´s Eye, filme tosquíssimo de baixo orçamento e uma puta cara de filme pornô. Só a carinha da atriz Maria Paris que interpreta a Nightveil nos deixa com esse pensamento. É um filme curtinho de 2008 dirigido por Bill Black e roteirizado por John JG. Para os fetishistas o filme até que é uma boa pedida. Mas que dá uma vergonha alheia assistindo, ah isso dá.


Os quadrinhos são tão pouco conhecidos aqui no Brasil que é dificilimo trocar uma ideia até mesmo com quem curte quadrinhos. O jeito é procurar nas importadoras ou nos sebos antigos. Mesmo na Internet é difícil encontrar material em português.Vai que um dia, quem sabe, uma editora não traga o gibi para cá. Mas uma coisa é certa, é o gênero que ousou popularizar o Girl Power entre aqueles que pensavam que usar a cueca por cima da calça era coisa de homem. E viva as mulheres, principalmente as formosas!!!!!