
Revendo meus conceitos, não julgo a idéia do Maurício de Souza de criar uma coisa nova, mas acho que com o nome foda que ele tem podia criar uma turminha feita exclusivamente para seus mangás, e deixar evidente na capa ´´De Maurício de Souza``, ou ´´Do criador da turma da Mônica``. Ou então, como ele já tem personagens adolescentes, como a Tina, Rolo, Zecão, Pipa, Jaiminho, usasse esses mesmos para transformar em mangá, e não em fazer a tradicional turminha cravada na infãncia de todos crescer e se modificar, como o Cebolinha falar certo e parar de aprontar, o Cascão tomar banho, a Magali ter menos apetite e a Mônica aposentar o coelhinho, além da pegação entre os personagens distorcendo a inocência dos gibis. Aí não dá, né? Mas, como os gibis são uma criação comercial e o intuito é ganhar dinheiro, e os mangás de Maurício de Souza, como ele diz, terem dado certo e rendendo ao bolso de seu criador, não podemos dizer mais nada. Só não acredito que os gibis da turma da Mônica possam estar indo mal nas vendas, é o gibi mais consumindo no Brasil inteiro, inclusive usado para alfabetização, o que o Maurício pode estar fazendo é dando um ´´upgrade`` na sua carreira. Ou quem sabe, com o advento da Internet, os gibis não são mais tratados como eram antigamente. Isso me lembra a Dc Comics no início dos anos 90, quando os gibis passavam a despencar na popularidade e começava a se inventar coisas, a apelar para atrair mais leitores, como a morte do Super Homem e o Bat Man ficando paraplégico, destruindo personagens marcantes na cultura de massa em uma desesperada tentativa de se lucrar mais com os quadrinhos.
Voltando a Turma da Luluzinha que também cresceu e virou mangá, li também que foi gasto uma nota só para definir o figurino dos personagens. Parece que estão investindo demais na coisa. Foi uma estilista de moda (não sei exatamente o nome dela, algo como Glória Kalil ou Tânia Kalil) que criou o design fashion das roupinhas da galera do clubinho ´´menina não entra`` e do ´´menino não entra``. Já no primeiro número adivinha só quem aparece? A cantora Pitty (Aê, da-lhe Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), e com isso o aventureiro mangá ganha ponto, pelo menos comigo, é ótimo adicionar cultura nacional a algo que não foi elaborado especificamente por nós. E tomara que seja assim sempre, mesmo utilizando traços de mangá, que esteja presente elementos de nossa terra, valorizando nossa gente, nosso espaço, nossos artistas, nossas músicas. E se o bagulho é doido mesmo e a gente não pode fazer nada para mudar senão aceitar, que role um encontro entre as duas turminhas bem ao estilo crossover de Dragon ball e One Piece. O que podemos fazer é desejar boa sorte, não só para as mudanças e estilos novos, mas para todo quadrinho nacional, o que for fabricado aqui tem que ser bem vindo. E desculpem se eu pareci rabugento, talvez eu esteja ficando velho para aceitar tais mudanças tão de imediato.