terça-feira, 19 de abril de 2011

A Invasão do Mundo - Batalha de Los Angeles

Matéria minha publicada na revista Mais Mulher de Votuporanga - SP


Faz um tempão que não se fazia um bom filme de invasão alienígena ao nosso querido planeta. Parece que o cinema andou traumatizado por produções recentes como o remake de Guerra do Mundos com um Tom Cruise deslocado tentando proteger seus filhos de horda de invasores espaciais que morrem sozinhos e chupam as pessoas de canudinho, e o remake do excelente filme de Robert Wise, O Dia em que a Terra Parou, com Keanu Reeves como um sedutor visitante de outro mundo que se envolve amorosamente com Jennifer Connely.

A Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles, dirigido por Jonathan Liebesman (O Massacre da Serra Elétrica – O Ínicio) embora supere expectativas, bebe da mesma fonte de filmes como Armagedon, Independence Day, Distrito 9, Alien, Predador, MIB e até Eu Robô, seguindo a velha fórmula conhecida e apreciada pelo público de filmes de invasores de outros planetas. A Naza identifica meteoros se dirigindo ao litoral da Calfórnia (sempre os EUA), porém, após a colisão no mar, é constatado que não são corpos celestes e sim naves que carregam alienígenas desprovidos de argumento e que iniciam a maior guerra. O longa não se preocupa em apresentar uma espécie extra-terrestre, de qual planeta vieram e como se comunicam, e sim com o enfoque em batalhas, botando o espectador na posição de um dos guerrilheiros (Marines) que combatem aterrorizados a ameaça das criaturas que pouco sabem a respeito, a não ser perigos mortais a serem combatidos, o que pode ser um acerto. Um estudo sobre ufologia poderia ser cansativo a quem espera um filme de guerras e explosões. Os aliens em questão, Aliás, é de uma criatividade ímpar. Tal como as figuras de MIB e Arquivo X, mal se sabia onde começava e terminava cada parte do corpo, o crânio era de anatomia curiosa, semelhante a um disco, levado à conclusão de que eram compostos de uma mescla orgânica e cibernética, e as metralhadoras que usavam faziam parte do corpo como braços, além de serem demasiados resistentes. Após uma breve e informal autópsia foi tirada a válida informação de que o invasores só morrem se atingidos ao lado direito de onde seria o coração.
Diferente do recente Predadores, onde uma equipe fortemente armada combate ameaças alienígenas, Invasão do Mundo é mais ficção cientifica/ aventura/ guerra do que sangue e tripas,e cenas de horror gore não estão presentes. Cada explosão e morte, por mais horríveis que sejam, não atiram à platéia fotogramas de pedaços mutilados, e assim apenas o susto e o impacto prevalecem, outro acerto da direção, que não ousou apelar, mantendo o foco no espírito do filme, a tensão entre a guerra humanos x aliens. Mesmo os aliens parecem mais robôs do que criaturas gosmentas, e fazem uso de grandes aparatos modernos como drones, naves de combate sem tripulante, guiada a distância e que sinaliza ondas sonoras. De olho nos recursos naturais da Terra, mais precisamente nossa água, os aliens passam a infestar em pouco tempo todo o planeta, embora a ação do filme se desenvolva em Los Angeles. O sargento ajudante Michael Mantz (Aaron Eckhart, o Bruce Willis da vez) recebe sua última missão antes da aposentadoria, e já carregando a velha culpa de ter levado vários jovens guerreiros à morte nas missões que comandava, lutando novamente ao lado dos Marines (entre eles Michelle Rodrigues como a sargento Elena Santos, já acostumada a papéis de guerrilheira) continua alimentando o discurso de que devem agir em unidade para combater um mal comum. E assim realiza feitos heróicos, mesmo que pareça suicidas, acompanhado de perto por sua equipe, mesmo que relutantemente. Referências ao clássico ator de Western John Wayne (é você, John Wayne?), frase usada no igualmente bélico filme de Stanley Kubrick, Nascido Para Matar, também está presente.
Porém, como dito anteriormente, o filme não escapa de certos xavões. Os Marines passam o filme tentando proteger uma família de civis, e um deles mostra seu lado heróico ao atirar em um alien, e após um fracasso em sua tarefa de proteção, Mantz convence uma criança a mostrar seu lado corajoso e promete levá-lo são e seguro para fora do alcance dos cruéis invasores. O ápice da ação se dá quando encontram o nicho dos aliens na Terra, uma espécie de colméia (Eu Robô?) onde se refugiam e controlam o drones. É aí então que a película culmina em guerras e mais guerras, devastando ainda mais uma Los Angeles que não escapa da promessa de ser reconstruída caso os Marines saíam vivos.



Leia Também: As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada
 
http://orgulho-nerd.blogspot.com/2011/02/cronicas-de-narnia-viagem-do-peregrino.html

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