quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Matéria minha publicada na revista Mais Mulher de Votuporanga-SP

Capitão América – O Primeiro Vingador


A Marvel está preparando de vez o território para o primeiro filme de Os Vingadores, previsto para o ano que vem. Depois de Hulk, Homem de Ferro e Thor, chegou à vez deste que é considerado o primeiro Vingador oficial; Capitão América (dirigido por Joe Johnston). Onze anos depois do fiasco do primeiro filme do herói, o que é clássico em se tratando de tentativas infrutíferas de adaptação para as telas de heróis dos quadrinhos, o soldado ganha vida na pele de Chris Evans (que também fez o Tocha Humana nos filmes do Quarteto Fantástico), rapaz franzino que não cansa de ser rejeitado no recrutamento de jovens que lutarão para defender a América no cenário caótico da Segunda Guerra Mundial. Truques de CGI e ilusão de câmera se encarregam de deixar o ator com o físico de um garoto subnutrido, mas que mesmo assim não se intimida com valentões, e tamanha coragem e determinação fizeram o cientista Abraham Erskine (Stanley Tucci) enxergá-lo com bons olhos, prevendo assim seu potencial para com as tropas americanas. O que vemos a seguir não é nada que já não tenhamos visto em outros filmes de heróis, clichês clássicos do tipo um garoto fracote de instintos heróicos tornar-se um forte e habilidoso herói, se voluntariando para um experimento secreto com o intuito de gerar uma ´´super máquina humana``, com o diferencial de ser uma aventura épica e real, porém fiel aos quadrinhos e ao universo fantasioso, adicionando o gênio maligno Johan Schmidt (Hugo Weaving), que mais tarde se revela como um segundo Adolf Hitler; o Caveira Vermelha, o melhor amigo de Steve, Bucky (Sebastian Stan), que no longa é alguém como seu irmão mais velho e uma grande fonte de motivação para que o herói combatesse com afinco o regimento nazista e os super soldados geneticamente modificados, e é claro, seu interesse amoroso Peggy Carter (Hayley Atwell), a Agente 13, militar irredutível que no decorrer do filme prova que não é tão durona assim, se mostrando uma mulher como as outras ao se apaixonar por Steve Rogers, passível de ciúme e de coração mole como manteiga, já dês de que o herói era apenas um menininho. É interessante lembrar que assim como outros filmes de super heróis, Steve Rogers não ganhou de primeira esse uniforme cinco estrelas. No ´´início de carreira`` usava um uniforme capenga, provavelmente numa referência ao antigos filmes e seriados, fazendo números musicais de propaganda e incentivos às  Forças Armadas Americanas, quando o governo ainda não permitia sua participação em batalhas. Ainda numa referência ao uniforme futuro, Steve dava mostras de estar mesmo precisando de um escudo inseparável, usando tudo que via pala frente para se proteger de ataques inimigos, seja com a tampa de uma lata de lixo ou com a porta de um táxi. Mas foi Peggy que, num acesso de ciúme testou a eficácia dessa que seria a única e fundamental arma do herói. E comprovou. Não podemos esquecer a participação do cientista Howard Stark (Dominic Cooper), pai do Homem de Ferro e um dos idealizadores da experiência que consagrou Steve Rogers como o Capitão América.

O personagem criado por Joe Simon e Jacky Kirb enfrenta preconceito por parte de outros países por levar o nome dos EUA a uma ideologia super humana, como que acima de outras nações. Mas na época em que o personagem foi criado era uma tendência comum. Seguindo a mesma linhagem de personagens que elevam os costumes e o estilo de vida americano como representantes legítimos de ´´salvadores do planeta``, temos os principais grandes heróis do universo Marvel, como Homem Aranha e Super Homem, que exibiam as cores da bandeira americana em seus uniformes, mas nunca em uma referência tão aberta como no nome do personagem. Alguns países chegaram a passar o filme com títulos diferentes. O próprio ator Chris Evans teve receio que o filme pudesse ter uma má interpretação, mas acabou que o resultado final foi bem recebido. O Capitão América nada mais se saiu do que um soldado americano em defesa de seu país de origem, não um justiceiro ou terrorista em prol dos EUA como a maior potência mundial.
Com relação aos filmes dos outros Vingadores, só perde para os dois do Homem de Ferro, esses sim geniais. O do Thor foi um mico danado, só serviu para amaciar o território. Apesar de ter combatido o regime nazista encabeçado por Hitler, Capitão América tem muito a combater no dias de hoje graças ao congelamento que sofreu assim que liquidou Caveira Vermelha (a aeronave onde estava se chocou contra geleiras), sendo despertado no dias atuais com a mesma aparência física de quando sofreu o acidente. Levando em conta o ano que foi feita a adaptação em relação às primeiras aventuras pós-segunda guerra nos quadrinhos, no cinema ele acabou dormindo bem mais. Encerrando com um final fofinho, o filme não é tão bom quanto Homem de Ferro, nem tão ruim como Thor, é o tipo de filme pipoca que quem não conhece o herói nos quadrinhos vai adorar assistir, mas que também não faz feio para quem conhece o herói de longas datas. Nick Fury (Samuel L. Jackson), sempre fazendo ponte entre os heróis no cinema, anuncia que o próximo filme vai ser um encontro explosivo na formação da super equipe Os Vingadores que a gente começou a especular há um tempão. Grande aposta para futuros filmes de heróis, ao lado do novo Homem Aranha e de um terceiro Batman, que a meu ver é o único herói da DC Comics que ainda empolga no cinema.


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