sábado, 1 de setembro de 2012

A Era do Gelo IV -Crítica

Texto originalmente publicado na revista Mais Mulher de Agosto/ 2012




A Era do Gelo IV









O esquilinho doido Scrat continua sua ensandecida busca à noz apetitosa que já dura dez anos, talvez por isso a franquia continue fazendo enorme sucesso entre crianças, adolescentes e adultos pelo mundo todo. O segredo se deve à preservação de personagens queridos que cresceram com os espectadores mirins e conquistaram nova safra, já que tentativas de inclusão de novos personagens como a esquilinha Scratita e o lunático caçador de dinossauros Buck duraram um único filme. Claro que tem algumas exceções, como a família de Manny (Diego Vilela) que se tornou tão essencial quanto os integrantes de seu antigo e excêntrico bando, e os gambás gêmeos Crash e Eddie, irmãos de Ellie (Carla Pompílio), esposa de Manny, que continuam fazendo suas peraltices. Um novo personagem vinculado a um dos protagonistas dá as caras nessa nova produção, é ela a avó de Sid (Tadeu Melo), que é deixado por seus outros familiares nas costas da atrapalhada preguiça, se tornando um dos destaques cômicos de todo filme, só não se sabe se sobreviverá a um próximo, e a filha de Manny e Ellie, Amora (Bruna Laynes) junto com seu fiel escudeiro Louis, agora já uma adolescente vivenciando os conflitos entre pais e filhos que o rabugento Manny estava precisando.
A História
Scrat acabou se metendo numa encrenca danada, e o pior, de proporções globais. O planeta enfrenta agora a histórica separação dos continentes e o início de uma nova era, separando Manny de sua família após uma discussão, o deixando isolado em alto mar na companhia de Sid, Diego (Márcio Garcia) e a vovó preguiça (Nadia Carvalho). Acabam conhecendo o inescrupuloso Capitão Entranha (Jorge Vasconcellos) comandante de uma tripulação pirata composta por tipos esquisitos como o molóide leão marinho Flynn, que arranca gargalhadas tanto dos pequenos quanto dos grandes, a canguru Raz, o coelho Esquentado, o pássaro Silas e o mais curiosos de todos, o texugo Gupta, que se converte em uma bandeira pirata para o navio, podendo inclusive inverter as cores quando preciso, preta no caso de guerra, e branca no caso de paz, bastando somente virar o lado do corpo. Além destes, um personagem do bando surge para balançar o coração de Diego, a tigre dentes de sabre Shira (Andrea Suhet), teimosa e durona que criticava o comportamento dócil do tigre alaranjado.                              
De todos, sem dúvida é o que mais conta com aventuras, dramaticidade, que agrada aos adultos mais pelas emoções que pelo roteiro em si, lembrando que no meio da história tem uma engraçada e fofa referência a Coração Valente, filme de Mel Gibson. Elaborado pensado na projeção em 3D, o vislumbre visual e os eventos cataclísmicos chegam até a arrepiar, e os pequenos se divertem com os gracejos de Sid e outros pícaros da história como o já citado Scrat, que encerra o longa com chave de ouro em um destaque grandioso de produção caprichada que apesar dos esforços, não ganhou antes. Ele chega a lembrar o Comichão e Coçadinha, sub produto de Os Simpsons, que inclusive um dos personagens do desenho protagoniza uma vinheta de abertura bem fofinha e inocente, talvez um dos primeiros trabalhos tridimensionais de Matt Groening, mas que valeu pelo bom resultado. Só é lamentável que diretores dos filmes anteriores não ocupassem mais a cadeira, como Carlos Saldanha, que neste trabalhou na produção, mas mesmo assim esse novo A Era do Gelo não deixou nada fora do lugar em sua missão de entreter da criança ao adulto, mesclando humor, ação e aventura em uma película para todas as idades.  E que venham mais sequencias. 

Leia também:
Os Vingadores

Jogos Vorazes

Gigantes de Aço – Um animê filmado


Conam, o Bárbaro - O cimério revive no cinema após um hiato de 27 anos


Capitão América, O Primeiro Vingador

As Relíquias da Morte - Parte 2: O fim de uma era


Se beber, não case! - Parte II


A Invasão do Mundo - Batalha de Los Angeles

Nenhum comentário:

Postar um comentário