Nessa semana uma figura ilustre esteve no programa da Luciana Gimenez, Inri Cristo, homem que se diz a encarnação de Jesus. Este só falta tirar carteirinha de sócio, pois só da as caras lá, mas, tirando o Superpop que é quase um freak show, qual outro espaço estaria reservado para o messias da nova era? Enfim, o homem veio provar ao que veio, não disse nenhuma novidade e as opiniões se dividem. Embora seja tachado de charlatanismo, alguns acham que é um pobre coitado de problemas psíquicos que realmente acredita ter o fardo de assumir a representação do filho de Deus na terra. Mas uma coisa é certa, ele tem uma capacidade de persuação incrível, tanto é que uma legião de seguidores estão a anos ao seu lado, tanto homens quanto mulheres. O cara tem personalidade forte, é inteligente até, tem resposta rápida e convincente para todas as perguntas, no mínimo tem a bíblia decorada de cabo a rabo e mescla seu conhecimento com suas opiniões próprias, e assim se forma o famoso Inri Cristo. Devemos reconhecer que ele batalhou por seu espaço basicamente na mesma moeda que os nossos políticos daqui, e assim fez seu nome, seu reconhecimento, senão do messias encarnado, ao menos de uma celebridade que continua arrecadando seguidores e convites para programas sensacionalistas. Taí, bem que o tal Inri podia se candidatar à política. Já pensou? Em um país como o nosso talvez ele tivesse alguma chance. O ´´Jesus`` da nova era diz usar os meios de comunicação de hoje para chegar ao povo, como a televisão, site na Internet e dizem até, o nosso site de relacionamento Orkut, mas, se até o papa se serve do Youtube para chegar ao povão, por que o genuíno filho do homem não pode? Sendo ou não sendo a verdadeira representação de Cristo, ou sendo descaradamente um Jesus Cristo ´´pirata``, eu prefiro acreditar que um homem de carne e osso que faz aparições públicas e declamações reveladoras, mesmo que absurdas, seja mais representativo que uma figura presente apenas no imaginário coletivo (devemos lembrar que a bíblia foi escrita por homens). Ao menos ele está ali, nos fazendo sorrir, nos contentando a cada aparição, usando as mãos o mínimo possível, e tocando nas pessoas apenas para ´´abençoar``, pois o papel de um grande messias é esse mesmo, estar presente e despertar a alegria em nossos corações, em um mundo cada vez mais triste e apocalíptico, e não nos deixar fantaseando por uma figura nada concreta. Isso é metafísica. Inri brinca, zoa os outros e se permite ser zoado também. Coisas do ser humano, e como messias, deve saber disso muito bem. E assim cresce a empatia por esse profeta maluco que ensina a gente a acreditar em si mesmo, ter personalidade própria e não ter medo de represálias. Sim, parece que ele acabou sendo meu messias também.
O que eu acho de tudo isso? Bom, não sou católico nem evangélico, aliás, não tenho religião nenhuma, mas se há aqueles que creem que Jesus Cristo realmente existiu como figura bíblica, porque é tão difícil aceitar que ele possa estar presente de novo? Na bíblia não diz que o cabeludinho não voltaria? Está certo que há aquela conversa dos falsos profetas que apareceriam usando o nome de Cristo em vão, mas e se o Inri for realmente o mesmo que há mais de 2.000 anos morreu na cruz em ´´nosso nome``? Ainda mais em uma época como a nossa em que problemas ambientais e populacionais crescem demasiadamente deixando todos de cabelos brancos. Sei não. Quem sabe aqueles que riem do atual Inri e sempre Jesus tem a mesma percepção (mais civilizada e mais diplomática, claro), dos mesmos romanos que o julgaram à crucificação? Tô blasfemando? Nos dias de hoje já não sei mais de nada. Meu pai! Jesus me chicoteia. Uma coisa é certa, Jesus Cristo é mesmo brasileiro. E Curitibano.
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