Hoje em dia é fato que todo mundo já aprendeu a baixar suas músicas favoritas (sem mensurar filmes, mas quero deixar isso para outro post). Muito pouca gente tem frequentado lojas e comprado cds, e geralmente fazem isso para dar de presente a alguém. Diga-se de passagem, alguns cds tem uma ou outra música que preste e nada melhor do que preparar sua própria coletânia, fazendo caber dezenas de música em um único disquinho no caso de MP3, sobrando assim mais espaço nas mesinhas de casa para guardar mais. Mas não deixa de ser uma pena se lembrarmos quantas lojas de cds existiam e que fizeram muita alegria nossa, e as poucas que tentam de algum jeito sobreviver e manter emprego de muita gente. Já faz um tempinho que não compro mais cd, se não me engano des de 2005. Tinha uma loja que eu frequentava sempre, a Snake Pit, que fica na galeria da Nossa senhora de Copacabana próxima à praça da Hilário de Gouveia (moro no Rio de janeiro, não esqueçam), especializada em cds de Rock. As bandas pouco conhecidas do underground nacional costumavam lançar seus cds demo por lá. Só que agora até os cds da banda mais desconhecida do cenário pode ser baixado integralmente pela net, ainda mais graças a centenas de comunidades orkutianas existentes, o que de certa forma não seria um prejuízo grande para tal banda. A última vez que entrei na loja foi para comprar ingressos para o show do Manson, isso ainda em 2007. Certa vez me deu um aperto no coração, estava passando pela galeria próximo a loja e me deparei com o vendedor que logo foi se preparando para me atender, mas eu tive de dizer que estava só de passagem. O vendedor parecia ter sido pego de surpreso, quando eu passava por aquele trecho costumava entrar na loja e levar uns dois cds. Foi o último contato que tive com ele. Nos últimos dias, ouvindo alguns dos álbuns que comprei por lá, me deu uma vontade de um dia voltar à loja asim que tiver um dinheirinho de bobeira, estudar os títulos disponíveis e levar para casa ao menos dois deles, nem que seja para matar os velhos tempos de descobrir novos grupos dessa maneira e dar dinheiro para o mercado fonográfico como há tempos não faço, ainda mais para os cds que foram feitos independentemente, sem o domínio de gravadoras caça níquel que fazem questão de manter os preços altos.
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