A animação do ogro verde da DreamWorks chega a seu quarto e último longa, encerrando a franquia com chave de ouro, em exibições também em 3-d. Iniciada a dez anos atrás, a saga nos dias de hoje não tinha mais direção a tomar. De todos os quatro filmes o que mais gosto é o primeiro, aliás, de tão saudosista que sou, o início continua para mim com um sabor especial, um sabor de novidade, que resiste às mudanças e forçações de barra das continuações. Mas assim como o espectador, os personagens da ficção também crescem, se reproduzem e morrem. Shrek, como todo ser vivo, não resiste ao avanço do tempo e nunca mais foi o mesmo. Casou-se, teve filhos, fez amizades e embora continue vivendo no pântano tornou-se atração turística e motivo de chacota pelos aldeões que costumava assustar anos atrás. Inevitavelmente o tempo chega para quem quer que seja, para personagens de desenhos animados, para criaturas que vivem no pântano e para o espectador, que talvez nem todos que assistiram o primeiro se interesse pelas sequencias atuais, a não ser levando em conta as modernidades de hoje em dia que influenciam as animações tornando-as mais atraentes para os adultos, como críticas sociais, uso do politicamente incorreto, humor ácido e negro e conotações eróticas, e no caso de Shrek a desconstrução das fábulas infantis, um dos principais ingredientes da saga. E há aqueles que ´´cresceram`` acompanhando o ogro no cinema, um dos raros produtos de animação para toda família que não é politicamente correto e nem leva o nome Disney, provando que uma nova era do mercado de animação se inicia. Para mim, Shrek Para Sempre foi a melhor sequencia. Algumas animações se sustentam sozinhas, como Monstros S. A, que se alguém tentar estender acaba estragando, mas foi interessante ao menos apresentar as marcas do tempo na turma do ogro da DreamWorks, se pensar que algumas continuações não levam a lugar nenhum, e Shrek chegou ao seu clímax criativo. Seu derradeiro último longa ainda acrescenta dois elementos novos, uma espécie de viagem no tempo/ realidade alternativa e exibições em 3-d.
Shrek (Mike Myers) enfrenta uma crise de rotina com sua mulher Fiona (Cameron Diaz), com seus três filhotes gêmeos, e com os amigos Burro (Eddie Murphy), sua mulher dragão e seus filhotes (animais esquisitos, mas fofos, meio burros meio dragões) e o gato de Botas (Antônio Banderas), que assolam sua casa e aprontam a mais pura bagunça. O ápice se dá no primeiro aniversário dos gêmeos, onde Shrek se sente como uma espécie do dinossauro rosa Barney e se desentende com todo mundo. Shrek acaba conhecendo o picareta Rumpelstiltiskin que promete fazer o ogro verde voltar a ser o monstrinho feliz e solitário de antes, e pede em troca um dia de sua vida. E assim o malandro pega o dia de seu nascimento, fazendo com que o ogro nunca tivesse existido para atrapalhar seus planos, e o reino de Tão Tão Distante acaba em suas mãos, tornando- o um verdadeiro caos. Alguém lembra de De Volta Para o Futuro? Uma Fiona guerreira, porém bonita e charmosa, embora ainda em sua versão ogra, reúne um exército de ogros para lutar pela liberdade dos grandiosos seres do pântano. Destaco como pontos altos desse último longa o garoto apático que falava ´´faz um urro`` que me lembra um garoto que conheci, e que com o evoluir do tempo (mais uma vez ele) saiu da minha vida, ainda que o tivesse conhecido já na faculdade, o flautista de Hamelin em sua versão malígna, as bruxas referência de O Mágico de Oz, a observação da semelhança e diferença entre um ogro e um troll, um Gato de Botas preguiçoso e acomodado, e outros da espécie de Shrek, que afinal, nos faz ver que ele não era nem tão imenso nem tão terrível assim.
No final, ficamos com a mensagem: Como o tempo é inevitável e impiedoso, temos duas opções; Tentar manter a todo custo nosso estado bruto embora isso signifique anular nossas conquistas e experiências, ou aproveitar com bom humor e levar na flauta as mudanças que o tempo nos traz. Os últimos minutos ainda trazem uma melosa cena digna de novela das oito, seduzindo mais os adultos do que os pequenos. Parece que agora sim podemos dizer que Shrek e família viveram felizes para sempre.
Shrek (Mike Myers) enfrenta uma crise de rotina com sua mulher Fiona (Cameron Diaz), com seus três filhotes gêmeos, e com os amigos Burro (Eddie Murphy), sua mulher dragão e seus filhotes (animais esquisitos, mas fofos, meio burros meio dragões) e o gato de Botas (Antônio Banderas), que assolam sua casa e aprontam a mais pura bagunça. O ápice se dá no primeiro aniversário dos gêmeos, onde Shrek se sente como uma espécie do dinossauro rosa Barney e se desentende com todo mundo. Shrek acaba conhecendo o picareta Rumpelstiltiskin que promete fazer o ogro verde voltar a ser o monstrinho feliz e solitário de antes, e pede em troca um dia de sua vida. E assim o malandro pega o dia de seu nascimento, fazendo com que o ogro nunca tivesse existido para atrapalhar seus planos, e o reino de Tão Tão Distante acaba em suas mãos, tornando- o um verdadeiro caos. Alguém lembra de De Volta Para o Futuro? Uma Fiona guerreira, porém bonita e charmosa, embora ainda em sua versão ogra, reúne um exército de ogros para lutar pela liberdade dos grandiosos seres do pântano. Destaco como pontos altos desse último longa o garoto apático que falava ´´faz um urro`` que me lembra um garoto que conheci, e que com o evoluir do tempo (mais uma vez ele) saiu da minha vida, ainda que o tivesse conhecido já na faculdade, o flautista de Hamelin em sua versão malígna, as bruxas referência de O Mágico de Oz, a observação da semelhança e diferença entre um ogro e um troll, um Gato de Botas preguiçoso e acomodado, e outros da espécie de Shrek, que afinal, nos faz ver que ele não era nem tão imenso nem tão terrível assim.
No final, ficamos com a mensagem: Como o tempo é inevitável e impiedoso, temos duas opções; Tentar manter a todo custo nosso estado bruto embora isso signifique anular nossas conquistas e experiências, ou aproveitar com bom humor e levar na flauta as mudanças que o tempo nos traz. Os últimos minutos ainda trazem uma melosa cena digna de novela das oito, seduzindo mais os adultos do que os pequenos. Parece que agora sim podemos dizer que Shrek e família viveram felizes para sempre.
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