segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Será que um pouco de criatividade mata?

Aproveitando essa onda de mockbusters vamos falar de uma empresa nacional, a Vídeo Brinquedo. Você já deve ter se deparado com pérolas como Carrinhos e Ratatoing nas lojas, cópias rudimentares de Carros e Ratatoullie, clássicos da Pixar. Pessoa como eu e você jamais seria enganada, mas as pessoas mais velhas como nossos pais são confundidos facilmente, mas como são animações infantis, como o nome da produtora bem sugere, a gente pode perdoar. Mas precisavam copiar até o título das obras? Tudo bem que devemos valorizar animação brasileira, mas por que a Vídeo Brinquedo não produz animações, por assim dizer, mais autorais? A resposta é simples, embora não queiramos compreender. Por ser uma produtora pequena, não arriscaria lançar obras mais autorais, levando em conta a qualidade da animação de baixo orçamento, embora conte com feras no ramo (animação de jogos de videogame 3D antigo), daí o jeito é se aproveitar das animações mais em evidência no momento, como um título da Pixar, lançando em DVD uma cópia descarada de uns 45 minutos em média na mesma época em que a produção do filme grande chega nos cinemas. E assim a Vídeo Brinquedo vai sobrevivendo, lançando o volume seguinte com os lucros da edição anterior, chegando em seu quinto, sexto volume, e enquanto parecer que a franquia original vai render ainda mais no cinema, não tem data para a Vídeo Brinquedo cessar seus plágios. Mas como já foi dito, são produções infantis, não precisam de roteiro elaborado e nem de uma animação cinco estrelas, as crianças não ligam para isso. É, eu sei, picaretagem pouca é bobagem. 


Mas que essa empresa paulista é corajosa, isso é. De iniciativa também, nisso devemo concordar. Talvez seja a maior produtora de animação (inclui aí a mais rentável também) brasileira, mesmo se mantendo a custo de plágios, brigando constantemente na justiça defendendo seus ´´direitos`` e até o momento sem previsão de afundar. Seus títulos passam até no exterior (que deve fazer morrerem de rir da gente), e não recebem o menor patrocínio. Torço para que um dia a empresa fique grande o bastante para ter peito de lançar uma produção original.




Nunca assisti a um título sequer, mas são velho conhecidos meus, volta e meio os encontro nas seções de DVD, e pelo que sei custam uns cinco reais e às vezes são disponibilizados em embalagem de papelão, e nisso já dei de cara com versões genéricas brazucas de Robôs, Bee Movie, Kung Fu Panda, Carros, Ratatoullie e até Up, Altas Aventuras. Ah, e uma versão de Transformers que me interessou um pouquinho mais, Gladiformers. Fico me perguntando como seria se fossem exibidos no cinema. Contudo, devemos valorizar o empreendedorismo da produtora e a animação nacional, só mesmo quem tem espírito aventureiro e voluntarioso reconhece o carinho que sinto. Que se dane os plágios, é o caminho que a produtora encontrou para se consolidar no mercado,  tomara que a Vídeo Brinquedo se torne uma nova Pixar, uma nova Disney brasileira, mesmo que começando ´´nessa nossa humilde maneira`` como nas palavras de Marco  Botana, gerente de produto da Vídeo Brinquedo. Ah, e antes que eu me esqueça: ´´Vida longa ao mercado alternativo do audiovisual!!!`` 




Eu disse que passava no exterior, hahahahaha









E ainda tem mais


Já ouviu falar da Intervalo Produções? É uma empresa carioca de efeitos especiais e animações em 2D e3D, e dentre suas produções está Dogmons, uma animação em estilo animê chupada adivinha de qual? De  Digimon, é claro. Até a logo é igual. Dá só uma olhada na apresentação.




Ainda em se tratando da Intervalo Produções, que eu também admiro pacas, mas critico os excessos na imitação, tem uma série que eu adorava e que subiu no telhado, Mega Powers (clique aqui para ler a matéria nesse blog), Super Sentai brasileiro. Mas aí não tem problema porque não é plágio nenhum, já que os americanos também tem seus Sentais sendo eles uma criação originalmente japonesa.

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