segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O falocentrismo feminino nos quadrinhos da Mulher Maravilha




















Como bom nerd interessado em quadrinhos antigos e mensagens ocultas que sou, não poderia deixar de dar atenção especial a uma cultura há tempos propagada aos quatro cantos da net; o conceito do falocentrismo feminino nos quadrinhos da Mulher Maravilha. A pertencente de uma tríade importantíssima para a história dos gibis de super heróis, sobretudo da DC Comics completada por Batman e Super Homem, a heroína tinha lá seus gibis em seu país de origem embora aqui só fosse exibida em histórias solo nos gibis de outros personagens ou como integrante da Liga da Justiça e do antigo Superamigos, e as capas de suas publicações não podiam ser menos curiosas em se tratando da representante do sexo feminino até então. A criação do psicólogo teórico feminista William Marston, que em um feito não menos importante foi o inventor do polígrafo (aparelho detector de mentiras) era apresentada às voltas em combate contra armas ou ameaças em formato fálico, como mísseis, foguetes, torpedos ou animais cuja estrutura se assemelhava a um cacete gigante. A amazona ora era domada por um desses equipamentos, como por exemplo em um gibi em que aparecia totalmente imobilizada e vulnerável a ataques, ora simplesmente numa posição vantajosa, dominante, não poucas vezes representada em tamanho gigante, uma alternativa dos realizadores porem a prova o significado imponente que a amazona exercia num cenário majoritariamente dominado por homens, e é claro, mexer com a libido dos mais jovens, consumistas dos quadrinhos, expondo a amazona batendo de frente ou sofrendo as consequências devidas e imaginadas ao mexer no universo masculino. Num modelo exemplar a princesa Diana aparecia exprimida entre dois arranha céus em um autêntico sanduba, mexendo com a mente pueril não só dos moleques espinhudos como também de qualquer barbado, que podia até não saber porque, mas com certeza achava tal título um puta atrativo que não poderia faltar na prateleira de HQ.





















A princesa de Themyscira pode ser considerada como um grande símbolo de poder feminino num universo predominantemente masculino, mais até que qualquer personagem feminina da Marvel. Seus quadrinhos, de uma maneira mascarada ou não, é repleto de fetichismo e temperos sexuais. A começar pela sua principal arma de combate, o lacinho dourado muitas vezes usado como chicote, resistente e indestrutível, que tem o poder de imobilizar o inimigo com maestria nos remetendo à prática de shibari/bondage, prática fetichista que consiste em amarrar, imobilizar ou amordaçar o parceiro. Além disso Diana tem uma força sobrecomum dispensando o uso de equipamentos de combate, sendo enviada a partir de adulta ao ´´mundo dos homens`` para colocar nos eixos o que estava em desordem, usando e abusando de conotações eróticas de lição e domínios corporais.

























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