Mostrando postagens com marcador Megan Fox. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Megan Fox. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

As Tartarugas Ninja - Crítica


Bem que tentaram fazer um filme bom das ´´Tartarugas Ninja Adolescentes Mutantes`` nos últimos anos, mas ninguém gostou. As Tartarugas Ninja – O Retorno (2007, Kevin Munroe) é uma boa animação, mas inovaram tanto que os personagens acabaram descaracterizados, pecaram pela ausência de inimigos interessantes e o resultado não agradou nem os fans antigos nem os novos. Tanta mudança, tanto na estética quanto na concepção dos personagens, podem funcionar nas recentes séries animadas, ainda mais levando em conta que os tempos são outros, mas quando se trata de um bom cinema é sua versão dos anos 90 que precisa ser resgatada, afinal, foi nessa década que as tartarugas começaram a aparecer e se consolidar na cultura pop mundial. Sua primeira adaptação ao cinema foi em 1990 num filme dirigido por Steve Barron, fiel à animação da época, tido por muitos como o melhor filme delas até hoje. A segunda, As Tartarugas Ninja II – O segredo do Ooze (1992, Michael Pressman) os répteis mutantes já estavam de vez consolidados no mainstream e o longa foi mais comercial, tendo em vista seu público formado em sua grande maioria por crianças, rendendo vendas de diversos produtos que levavam a marca das tartarugas. A então última adaptação live-action As Tartarugas Ninja III exageraram na mudança de ares substituindo a grande metrópole de Nova Iorque pelo Japão feudal, e o roteiro fantasioso e as situações bizarras e infantis incomodou o público que começava a amadurecer. Entre as animações e os filmes precisava ter diferenças, passou a ser cobrado mais verossimilhança, as duas mídias não podiam ser tratadas por igual. Além disso, o público sempre foi carente de uma aparição decente dos vilões, que são tão carismáticos quanto os personagens principais. Destes, apenas Destruidor se saiu razoavelmente bem e quando muito, umas adaptações livres para substituir os antagonistas bonachões que víamos no desenho.
Mais de 20 anos depois, apesar de produções novas de quadrinhos e animações, a marca Tartarugas Ninja já não era mais tão forte como nos anos 90 e era preciso fazer alguma coisa para relembra-las, e é claro, apresentá-las a uma audiência mais jovem, aproveitando que ressuscitar velhos nomes no cinema já é moda há um tempão. O resultado é o recente filme dirigido por Jonathan Liebesman (Fúria de Titãs II) e produzido por Michael Bay (Transformers). Sinceramente não acho que seria de todo mal se dessa vez Bay ocupasse a cadeira de direção. Será que o novo As tartarugas Ninja cumpriu sua missão? Talvez sim e talvez não. As Tartarugas já não têm mais a cara das dos filmes e das animações de antes, o que seria natural, hoje temos o CGI que com muito gosto substitui as máscaras e fantasias de borracha, mas agora elas exibem um visual selvagem, realista, sem nariz de batata e sem lábios, há quem diga que elas não têm nem mais cara de tartaruga, mas devemos lembrar que elas são na verdade híbridos de tartarugas com humanos. Seus equipamentos e armas de combate, como faixas, bandanas e instrumentos de guerra que no desenho não usavam nunca, estão mais elaborados, mais personalizados com o devido zelo que todo ninja deve ter para com seus materiais. As próprias tartarugas dessa vez estão mais diferentes umas das outras, cada qual com sua característica e aparência. April O´Neil, repórter e principal amiga das tartarugas, é vivida por Megan Fox, dando ao filme mais cara de Michael Bay, e num roteiro gentilmente familiar com o que estamos acostumados vive em volta de matérias jornalísticas absurdas de crimes, justiceiros / ninjas / tartarugas de estimação mascaradas, um clan do ´´pé-de-chinelo`` capenga e descoberta de um ambicioso plano envolvendo uma ciência macabra, sempre acompanhada de Vernon Fenwick (Will Arnett), colega de profissão responsável pelos momentos cômicos do filme, só perdendo para o Michelangelo (Noel Fisher), impagável como nunca. Whoopi Goldberg endossa o time de grandes nomes do elenco. Apesar de o humor ser tocado constantemente nas aventuras dos nossos amigos répteis, a produção conta também com muita ação em estilo videogame, até mesmo momentos mais agressivos que de repente não vão lembrar as aventuras dos anos 90 que assistíamos quando crianças, mas enfim, como dito antes, os tempos são outros. A reclamação mais recorrente é que, por o filme ser consideravelmente curto, as ações se desenvolvem muito rápido e ficamos com a impressão de que não deu tempo de incluir tudo o que era merecido. Destruidor (William Fichtner) está bem mais robusto, a ameaça aparenta ser 100 vezes maior, seus armamentos nem se falam, está mais para um ciborgue que para um samurai, mas só assim para enfrentar aqueles quatro tanques de guerra que hoje são nossos heróis quelônios. Mas resolveram a ameaça rápido demais, nos deu a impressão de estarmos assistindo o Quarteto Fantástico de 2005, quando os quatro heróis tiveram uma breve batalha contra o vilão principal. Apesar disso, quem assistiu esse novo filme das tartarugas ficou agradecido por ver elementos importantes serem mantidos, como a paixão por pizzas, a jovialidade dos répteis mutantes, as raízes no hip hop e a presença messiânica de Mestre Splinter (Danny Woodburn), que sem ele as tartarugas jamais seriam o que são. Raphael (Alan Ritchson), como podíamos de bom grado aceitar, acabou se destacando dos demais. E pensar que na concepção do roteiro original nossos heróis mutantes quase foram transformados em seres oriundos do espaço. Ainda bem que se arrependeram do pecado antes de consumi-lo.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Tartarugas Ninja vs Battletoads


Em um combate entre répteis e anfíbios quem leva a melhor? E nada melhor para representar estas duas classes animais do que grupos de mutantes adolescentes feras em combate armado ou corporal presentes em mídias bem sucedidas mundialmente. Porém, nesse quesito, os sapos de batalha levam a pior, pois eles só tem vida ativa de fato nos videogames da Sega e Nintendo, mas o que os falta em participações de veículos de massa resta em criatividade e simpatia. Eu diria até que Battletoads são os sucessores dos répteis mutantes, as Tartarugas Ninja genéricas. Mas vamos logo às comparações técnicas entre as duas equipes, já que há ainda aqueles que jamais notaram suas semelhanças. 

Personagens

Assim como as Tartarugas, os Battletoads são sapos mutantes adolescentes geneticamente modificados. Quanto a origem de tal mutação é um mistério. Só que há algumas versões bizarras a respeito, uma contada nuns quadrinhos feitos especialmente para a revista Nintendo Power mostrando três garotos detonando nas partidas do videogame de realidade virtual Battletoads (que deve botar o Nintendo Wii no chinelo). O fabricante decide então tornar as coisas mais difíceis, chegando ao ponto de fazer os garotos serem tragados para dentro do arcade e se transformarem nos personagens principais. Besteira pouca é bobagem. A outra é de um episódio piloto para uma animação que não foi pra frente, exibido na Fox em 1991. Nele, três surfistas adolescentes que se transformam em sapos mutantes superfortes tem como missão resgatar uma princesa das garras da vilã Dark Queen. 



As Tartarugas, por sua vez, tiveram sua origem baseada na dos heróis Marvel, como Demolidor e X-Men, fonte de inspiração de seus criadores. Em Nova York, um menino carregava um aquário com 4 tartarugas e é atropelado por um caminhão que transportava um tubo com uma substância verde, viscosa e esquisita (que seria o ooze, substância química responsável pela alteração dos gênes das Tartarugas). O aquário com os animais vai parar dentro de um bueiro, e os quelônios, banhados pela tal substância, são acolhidos pelo Mestre Splinter, um rato de aparência humanoide que provavelmente tivera a mesma origem. Em várias versões, como no desenho clássico, Splinter foi o ninja Hamato Yoshi quando humano.





















Os Battletoads são:



Rash: Um sapo cool, na minha opinião o personagem principal, usa óculos escuros e tem toda pinta de rocker. Seu nome verdadeiro é Dave Shar.

Zitz: Nerd, divulgado por aí como líder do grupo, mas eu discordo. Em jogos importantes ele que é a ´´princesinha indefesa que precisa ser resgatada``, mas gosto dele mesmo assim. Sua pele é mais clara que a de Rash, seu nome é Morgan Ziegler e sua marca registrada são suas luvinhas de couro (ou látex) sexy (ui!)

Pimple: O marombeiro do grupo, seu verdadeiro nome é George Pie e é bombadão como ele só. Sua cor é marrom/alaranjada e dá boas cabeçadas no oponente para finalizar o combo.

Enquanto o time das Tartarugas conta com quatro guerreiros, Battletoads tem apenas três. Mesmo assim não fica devendo nada aos quelônios em se tratando de combates, mesmo não dominando o ninjutsu e sem andar por aí armados. Seus próprios punhos e pés são convertidos em máquinas de batalha quando preciso, os chamados ´´Smash Hits``, como botas com espinho na sola, chifre de bode na cabeçada, mão que se transforma em bigorna, martelo, machado, furadeira e até mesmo serra elétrica. E é claro, eles também tem o Mestre Splinter deles, o T. Bird, um abutre geek vermelho.

Tartarugas Ninja:

É até desnecessário falar sobre elas. São tão populares que todo mundo é familiarizado com suas características. Mas vamos lá.

Leonardo: O mais sério e líder da equipe. A cor de suas bandanas é azul. Sua arma é um par de espadas, também conhecidas por Katanas.

Michelangelo: O mais palhação de todos, sua cor é laranja e usa nunchakus. 

Donatello: O nerd, costuma ter invenções brilhantes que tanto ajudam o grupo. Sua bandana é roxa e em algumas versões sua tonalidade de pele é mais escura que a dos outros. Sua arma é um bastão (ou cajado Bo).

Raphael: O esquentado, sua cor é vermelha e usa um par de sais como arma. 

Mestre Splinter: Um velho rato de aparência humana, mestre do ninjutsu, mentor e sensei das Tartarugas. A equipe conta ainda com vários outros aliados, coisa que os Battletoads não tiveram a chance de ter, mas toda a sorte do tempo da série, quadrinhos e filmes,  obviamente dariam a elas oportunidade de conquistarem novas amizades. Os mais famosos são a jornalista April O´Neil, o coelho Usagi Yojimbo e Casey Jones, um jogador de hockey com síndrome de Jason Voorhees, só que do bem, lógico.

O Começo



Battletoads, como bem se sabe, originou-se num bem sucedido jogo de videogame da Rare no estilo Beat-em-up, lançado para plataformas como Sega, Game Boy e NES em 91. Sua trilha sonora foi composta por David Wise, que também trabalhou na trilha de outros jogos clássicos da Rare, como Donkey Kong. Mais tarde foi lançado para S-Nes o que considero ser o melhor de todos, Battletoads in Battlemaníacs, além de Battletoads e Double Dragon, no qual os heróis sapos uniam forças aos irmãos Lee no combate aos vilões das duas franquias gamísticas. Infelizmente a vida útil dos batráquios se resume à sua carreira nos consoles, já que nada mais de interessante foi preparado com esse rico universo, o que acho uma pena, pois creio que renderiam bons projetos aproveitando toda essa mitologia. Mais triste ainda é não estudarem novos jogos para plataformas mais avançadas, um suposto jogo novo para Game Boy Advance divulgado em 2004 foi para o vinagre, e um enganador comercial de TV sobre uma versão para Wii chegou a ser exibido, mas era tudo balela, faltou confirmação oficial e pelo tempo que se passou já é de se saber que era fake. Os sapos antropomórficos, no entanto, estão presos no passado.


Primeiro rascunho das Tartarugas Ninja,  em  1983


As Tartarugas Ninja foram criadas em 1983 por dois quadrinistas americanos, Kevin Eastman e Peter Laird, fans de personagens Marvel e loucos para iniciarem no mundo dos quadrinhos. Fundaram o Mirage Studios e criaram alguns personagens sem sucesso. Durante uma bebedeira começaram a viajar na maionese, imaginando as características que um herói precisaria ter para se tornar um sucesso comercial, e acabaram inventando uma série de zoação reunindo mitologias de super heróis de gibis que vendiam bem na época. Depois de rejeitados por várias editoras que duvidavam do potencial da série, a dupla decidiu produzir sozinha um gibi independente em preto e branco de baixo orçamento, bancado pelo tio de Kevin, ficando com uma puta cara de zine. Lançado em 1984 com um número ínfimo de tiragem para os padrões de revista em quadrinhos, vendeu todos os exemplares e logo mais e mais tiragens foram feitas, em números cada vez maiores. Em 87 Eastman e Laird então assinaram contrato para uma linha de brinquedos e uma animação com os personagens, claro que tiveram que dar uma ´´amaciada`` na temática chula da série para adequá-la aos padrões de um desenho infantil. 


Primeiro esboço de Kevin Eastman
Primeiro esboço de Peter Laird




Vilões:

Battletoads: 




O vilão principal dos sapos guerreiros é a Dark Queen, uma sensual dama de preto gótica com pinta de dominatrix, do planeta Ragnarok, que planeja dominar o universo contando com ajuda de seus aliados, são eles:

Big Blag: Rato gordão, tradicional inimigo dos sapinhos, difícil pensar neles sem lembrar desse vilão, que inclusive usa como arma uma bola de espinhos da ponta de seu rabo.

Robo-Manus: Cyborg bem feio que parece um alien. Outra figura carimbada. 

Silas Volkmire: Penúltimo chefe de Battletoads in Battlemaníacs, um cientista terráqueo que acabou tornando-se aliado da Dark Queen e virando monstro. Como não se sabe muito a respeito da mitologia dos games, parece que foi ele quem criou os Battletoads.

Scuzz: Soldadinhos que aparecem de todos os jeitos em grande quantidade, usando diversos tipos de armas, só para serem vencidos facilmente, o equivalente ao Foot Soldier das Tartarugas. São ratos mutantes e lembram o Big Blag. 

Psyko Pigs: Outro tipo de soldado, são porcos do mato (tá bom, javali) trajando colant de luta livre e capacete viking, equipados com armas como machados e maças. Em Battlemaníacs estão ainda mais fortes e nocivos.

General Slaughter: Um minotauro bombado  braço direito de Dark Queen em suas mirabolantes tramas. Costuma ser o sub chefe e seu golpe mais poderoso é a cabeçada com seus chifres que manda o opositor para bem longe.

Tartarugas: 



Destruidor, o vilão-mor da série, é o líder do Foot Clã e usa uma armadura de samurai. Seu nome verdadeiro é Oroku Saki.

Bepop: Homem porco do mato (ou homem javali). Atrapalhado e tonto, faz dupla com Rocksteady, um homem rinoceronte, também de muito músculo e pouco cérebro. Foram metamorfoseados pela mesma substância das Tartarugas.

Rei Rato: Assim como as Tartarugas, também vive nos esgotos. Imundo e coberto por trapos, o que não falta em seu corpo são ratos subindo e descendo por todos os lados, seus únicos amigos.

Baxter Stockman: Um dos meus preferidos, Stockman é um cientista doidão que inventou os Mousers, aquelas formiguinhas malditas de mandíbula metálica. Se transforma em uma mosca humana.

Krang: Uma meleca rosa gosmenta (tá bem, um cérebro, que seja) que controla um robô. Sua personalidade é ácida e geniosa.

Só para citar os principais.

Games






E agora uma categoria em que Battletoads tem chance de vencer, pois está dentro de sua jurisdição. Mesmo assim, As Tartarugas tem excelentíssimos jogos para NES e, não parando no tempo, para plataformas mais avançadas também. Mas não saberia dizer quem de fato supera quem.



Battletoads chegou aos consoles domésticos com uma perfeição de gráficos para a época, jogabilidade divertida, personagens interessantes, porém com uma dificuldade tão grande que se tornou sua marca registrada até hoje. A primeira versão foi lançada para Nintendo, Game Boy, Mega Drive e Amiga CD32. Em 93 chegou às lojas Battletoads e Double Dragon, segundo jogo em que pintavam os sapos de batalha. Pouco depois foi a vez de Battletoads in Battlemaníacs, lançado para Super Nintendo. Como o primeiro jogo para Game Boy era diferente dos demais,  ainda em 93 chegava a versão do jogo original para o portátil. Em 94 foi lançado somente para os arcades Super Battletoads, a versão definitiva do jogo, com movimentos mais rápidos e brutais, inclusive com a possibilidade dos sapos guerreiros decaptarem seus adversários. Engraçado que no original os heroizinhos tinham orgulho de serem sapos e pegavam as ´´moscas bônus`` no ar com a língua, detalhe abolido nas versões posteriores. Mesmo com poucos jogos, a franquia representa um clássico absoluto do mundo dos videogames e continua a ser um desafio chegar ao final, diferente da facilidade dos jogos modernos. Podendo-se jogar em dupla com a opção de acertar ou não os golpes em seu companheiro, o que faz o gamer ficar de cabelos brancos é que no caso específico desse jogo a aliança só atrapalha, pois lembrando de outra quase marca registrada das aventuras dos sapos, as fases de jet-sky em que se deve superar obstáculos numa velocidade grandiosa morrendo várias vezes até decorar a disposição e o tempo de cada um deles, se apenas um dos jogadores se esborrachasse, automaticamente os dois voltavam de onde parou.


Super Battletoads, a mais alta patente dos sapinhos

Já as Tartarugas tiveram seu primeiro jogo ainda baseado nos quadrinhos lançado para NES em 89 pela Konami, mas foi só a partir do segundo, muito bom por sinal, que correndo atrás de novos jogos os gamers ficaram sabendo desse. O primeiro, apesar de legalzinho, é difícil pacas, a jogabilidade deixa a desejar, pois é difícil controlar o boneco e o gráfico não é dos melhores, isso sem contar os inimigos que lembram os do Ninja Gaiden embora conte com chefes de fase conhecidos. Mas minha única crítica é quanto a dificuldade mesmo, eu achava legal as variações de visão do campo do jogo e a possibilidade de controlar o furgão das Tartarugas. Já o segundo, é considerado por muitos como um dos melhores jogos do nintendinho, beat-up dos bons, jogado em dupla então torna-se ainda melhor. Não deixa nada a desejar em jogabilidade e em aparições de vilões conhecidos, claro que grande parcela de sua conquista é por se tratar da adaptação para os games de personagens queridos. Aproveitando o embalo a Konami lança o terceiro game, mas esse ficou pouco conhecido, já que é difícil repetir grande sucesso e por a molecada já estar voltada aos jogos mais modernos. É até divertido jogar, a jogabilidade do segundo é repetida já que em time que ganha não se mexe e puderam aproveitar para acrescentar vilões que não apareceram no segundo e cenários diferentes, como uma praia na primeira fase. 



Já para o Super NES foi lançado Turtles in Time, na qual os répteis mutantes viajam por diferentes tempos da história enfrentando vilões conhecidos entre criaturas e personagens históricos. Sua peculiaridade é as Tartarugas arremessando os Foot Soldiers em direção à tela no final de um combo causando efeito tridimensional, recurso também usado contra um chefe de fase do primeiro Battletoads, mas eu ainda prefiro os jogos do NES. Em 93 eis que surge uma verdadeira bomba, uma versão estilo Street Fighter chamada Tournament Fighters. Nem precisa falar o resultado, fugia completamente da proposta dos jogos que funcionavam bem, lembrando que no próprio Turttles In Time tinha uma modalidade na qual os jogadores podiam brincar de luta um contra o outro. Pelo que parecia, a Konami estava desesperada, atirando para tudo que é lado para lucrar mais com os personagens. Sei que anos mais tarde tiveram jogos mais avançados, alguns para PC, mas é melhor eu parar por aqui, já não eram mais os bons tempos.


















Então é isso, para mim os dois grupos empatam, Tartarugas Ninja é pop, mas Battletoads é cult, ambos tem personagens interessantes. É certo que o segundo é um sub produto do primeiro, mas tem potencial para viver longe da sombra. Difícil saber qual das duas equipes se daria bem num combate entre elas mesmas, é mais fácil imaginar que os Battletoads seriam aliados das Tartarugas tal como os outros mutantes animais que ali aparecem (ei, se não me engano na série também tem um homem sapo) e naturalmente também teriam sido mutadas pelo ooze. Mas eu acho que os anfíbios bélicos são mais agressivos, as tartarugas carregam as armas para cima e para baixo, mas nunca usam. 
Os répteis tem uma extensa vida em outras mídias, animação clássica de 87, outras de 2003 e de 2012, além de um live action bizarro da Saban em que num episódio se encontram com os Power Rangers, bastante infiel às origens e que ainda traz uma Tartaruga feminina, quatro filmes bacanas, um deles feito totalmente em CGI e um novo que está por vir contando com direção de Jonathan Liebesman e produção de Michael Bay, e que graças a deus foi desmentido o boato de que nessa versão seriam alienígenas. Quanto aos sapinhos, vamos torcer para que um dia sejam enxergados fora dos games e produzam animação, quadrinhos, brinquedos e quem sabe até um filme com eles. Ninguém interessado não? Ou até mesmo um jogo novo, o que, vamos ser francos, já é muito. 


A gatinha April (Megan Fox) confiscando os sais de um inacabado Raphael.



Fiquem agora com os vídeos que fiz um tempo atrás em homenagem a essas duas franquias dos games.

Putanesca Games: Battletoads


Putanesca Games: Tartarugas Ninja

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O falocentrismo feminino nos quadrinhos da Mulher Maravilha




















Como bom nerd interessado em quadrinhos antigos e mensagens ocultas que sou, não poderia deixar de dar atenção especial a uma cultura há tempos propagada aos quatro cantos da net; o conceito do falocentrismo feminino nos quadrinhos da Mulher Maravilha. A pertencente de uma tríade importantíssima para a história dos gibis de super heróis, sobretudo da DC Comics completada por Batman e Super Homem, a heroína tinha lá seus gibis em seu país de origem embora aqui só fosse exibida em histórias solo nos gibis de outros personagens ou como integrante da Liga da Justiça e do antigo Superamigos, e as capas de suas publicações não podiam ser menos curiosas em se tratando da representante do sexo feminino até então. A criação do psicólogo teórico feminista William Marston, que em um feito não menos importante foi o inventor do polígrafo (aparelho detector de mentiras) era apresentada às voltas em combate contra armas ou ameaças em formato fálico, como mísseis, foguetes, torpedos ou animais cuja estrutura se assemelhava a um cacete gigante. A amazona ora era domada por um desses equipamentos, como por exemplo em um gibi em que aparecia totalmente imobilizada e vulnerável a ataques, ora simplesmente numa posição vantajosa, dominante, não poucas vezes representada em tamanho gigante, uma alternativa dos realizadores porem a prova o significado imponente que a amazona exercia num cenário majoritariamente dominado por homens, e é claro, mexer com a libido dos mais jovens, consumistas dos quadrinhos, expondo a amazona batendo de frente ou sofrendo as consequências devidas e imaginadas ao mexer no universo masculino. Num modelo exemplar a princesa Diana aparecia exprimida entre dois arranha céus em um autêntico sanduba, mexendo com a mente pueril não só dos moleques espinhudos como também de qualquer barbado, que podia até não saber porque, mas com certeza achava tal título um puta atrativo que não poderia faltar na prateleira de HQ.





















A princesa de Themyscira pode ser considerada como um grande símbolo de poder feminino num universo predominantemente masculino, mais até que qualquer personagem feminina da Marvel. Seus quadrinhos, de uma maneira mascarada ou não, é repleto de fetichismo e temperos sexuais. A começar pela sua principal arma de combate, o lacinho dourado muitas vezes usado como chicote, resistente e indestrutível, que tem o poder de imobilizar o inimigo com maestria nos remetendo à prática de shibari/bondage, prática fetichista que consiste em amarrar, imobilizar ou amordaçar o parceiro. Além disso Diana tem uma força sobrecomum dispensando o uso de equipamentos de combate, sendo enviada a partir de adulta ao ´´mundo dos homens`` para colocar nos eixos o que estava em desordem, usando e abusando de conotações eróticas de lição e domínios corporais.

























Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...