quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Blog parado durante o feriado


Devido à ´´parada`` o blog vai ficar sem atualização nos três dias seguintes. Talvez eu ainda poste alguma coisa antes, mas não é provável. De qualquer maneira voltaremos segunda feira com mais novidades. Até.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Descanse em paz


1957 - 2012


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pelezinho, o personagem datado de Maurício de Souza



Muita gente que está lendo esse post não ouviu falar do personagem ou lido um de seus gibis. Não é para menos, afinal, o personagem se encontra ´´inativo`` por 20 anos. A versão mirim do glorioso jogador Edson Arantes do Nascimento, ou Pelé, como é mundialmente conhecido, foi criada por Maurício de Souza originalmente como tirinhas para publicação diária de um jornal como todos seus grandes personagens, e em 1977 ganhou seus próprios gibis e almanaques pela editora Abril. Em 1986 os personagens da  Turma da Mônica e Chico Bento migraram para a Globo, o que não aconteceu com Pelezinho, tendo sua publicação cancelada. Salvo um ou outro caso especial em que era lançado um almanaque, motivos para o personagem não ter sido lançado pela Globo não se sabe, provavelmente por acharem que não valeria a pena investir mais nele, ou quem sabe já estava ficando datado, com Pelé perdendo sua popularidade no meio da geração que se seguia, vai saber. Em 1990 graças à Copa do Mundo da Itália, foi lançado um gibi comemorativo do personagem e sua turma, o que foi um presentão para pessoas que gostam de personagens exóticos e curiosos como eu, recheado de tirinhas, passatempos e historinhas legais, pena que o Brasil não se tornou tetra naquela ocasião, mas aí já é outra história. Depois disso revistinhas com o personagem Pelezinho sumiria novamente, sendo ele publicado apenas em tirinhas no jornal O Globo, e em 91 ou 92 passou a vir estampado em algumas publicações de Maurício de Souza anúncios de um suposto Pelezinho adolescente, com seus doze anos, em um sistema de ``Disc Pelezinho`` em que a criançada ligava em um número para ouvir historinhas, dicas, essas coisas, aumentando o valor das ligações interurbanas deixando os pais de cabelo em pé, e pouco depois o personagem caiu no esquecimento de vez. Talvez tenha sido mesmo hora do personagem se aposentar, afinal, era representado por uma figura pública conhecido pelo ingrato ofício de jogador cuja vida útil é até os 30 anos de idade. Duvido que qualquer moleque de hoje que lê os gibis da Mônica saiba da real importância que o Pelé teve em seus áureos tempos de atacante do Santos, botando Neymar no chinelo. Sem contar que após vários escândalos envolvendo o ex jogador, tipo inúmeros casos em que é acusado de fazer filho e não assumir, o que, creio eu, pode ter ajudado a manchar seu nome de ídolo nacional. Por eu sempre gostar de personagens obscuros, polêmicos, secundários, porém talentosos e pouco explorados, nutria uma admiração por esse personagem paralelo à turminha da Mônica, que aliás tinha sua própria turminha, mas nunca houve algo como um crossover entre as duas, tal qual com a turma do Chico Bento, porém o Chico é considerado mais da turma da Mônica do que o Pelezinho. Um detalhe curioso é que eu me amarrava nele bem antes de saber ler. Quando bem moleque pegava os gibis da Turma da Mônica do meu irmão e via no espacinho deixado pela ausência da tirinha, que nem sempre estava presente na página final, propagandas de outras publicações de Maurício de Souza, e entre elas eu via a carinha de um menino que não era tão popular como os outros, cujo nome não conseguia identificar, o que me fez batizá-lo carinhosamente de ´´Cascão queimado``.
Turma da Pelezinho
Inteiramente baseado na infância de Edson Arantes, Pelezinho é um menino pobre talentoso com a bola, que sonha se tornar um jogador profissional. Sua turma é composta por Cana Braba, um menino gordo, bravo,  desbocado e de cabelo esquisito, Teófilo, um menino magro, alto, bonzinho e de cabelo parecido com o do Cana Braba, Frangão, o goleiro da turma (não preciso dizer o porque desse nome,né?), Bonga, a menina que dava em cima de todo mundo, Neuzinha, a japonesinha namorada do Pelezinho, Samira, uma menina narigudinha filha de árabes  e que fazia quibe que ninguém gostava, e seu cachorro Rex. Seus rivais eram João Balão e Zé, que assim como ele e sua turma também jogavam bola com eles, mas sempre no time adversário. Maurício de Souza bem que tentou fazer versão em quadrinhos de outros jogadores, como a do Ronaldinho Gaúcho, mas parece que não emplacou e o legal mesmo é Pelezinho e sua turma. 

Pelezinho adolescente que nunca li uma historinha


Samira e seus quibes flopados


Se você é fan do personagem como eu, se prepare para uma notícia agradável; o Pelezinho vai voltar, viva!! Segundo fontes de jornais e sites Maurício de Souza andou trocando ideia com o Pelé, e os dois andam estudando uma chance de transformá-lo no mascote da Copa de 2014, ainda que a Fifa proíba pessoas vivas a representarem. De qualquer maneira até lá vai ser lançado diversos produtos do personagem para promovê-lo, principalmente revistinhas em quadrinhos que na minha modesta, porém verdadeira opinião, é a melhor maneira de reciclar publicações do Maurício de Souza sem fazer uso de apelação vergonhosa como aquela tal Turma da Mônica Jovem. 

Só falta agora o Mauríco lançar uma versão mirim da Xuxa para apimentar a relação do nosso herói com a Neuzinha, já pensou? Mas devido às mudanças da época, a Xuxinha tem que vir morena. Até que ia ficar bonitinho.




sábado, 1 de setembro de 2012

A Era do Gelo IV -Crítica

Texto originalmente publicado na revista Mais Mulher de Agosto/ 2012




A Era do Gelo IV









O esquilinho doido Scrat continua sua ensandecida busca à noz apetitosa que já dura dez anos, talvez por isso a franquia continue fazendo enorme sucesso entre crianças, adolescentes e adultos pelo mundo todo. O segredo se deve à preservação de personagens queridos que cresceram com os espectadores mirins e conquistaram nova safra, já que tentativas de inclusão de novos personagens como a esquilinha Scratita e o lunático caçador de dinossauros Buck duraram um único filme. Claro que tem algumas exceções, como a família de Manny (Diego Vilela) que se tornou tão essencial quanto os integrantes de seu antigo e excêntrico bando, e os gambás gêmeos Crash e Eddie, irmãos de Ellie (Carla Pompílio), esposa de Manny, que continuam fazendo suas peraltices. Um novo personagem vinculado a um dos protagonistas dá as caras nessa nova produção, é ela a avó de Sid (Tadeu Melo), que é deixado por seus outros familiares nas costas da atrapalhada preguiça, se tornando um dos destaques cômicos de todo filme, só não se sabe se sobreviverá a um próximo, e a filha de Manny e Ellie, Amora (Bruna Laynes) junto com seu fiel escudeiro Louis, agora já uma adolescente vivenciando os conflitos entre pais e filhos que o rabugento Manny estava precisando.
A História
Scrat acabou se metendo numa encrenca danada, e o pior, de proporções globais. O planeta enfrenta agora a histórica separação dos continentes e o início de uma nova era, separando Manny de sua família após uma discussão, o deixando isolado em alto mar na companhia de Sid, Diego (Márcio Garcia) e a vovó preguiça (Nadia Carvalho). Acabam conhecendo o inescrupuloso Capitão Entranha (Jorge Vasconcellos) comandante de uma tripulação pirata composta por tipos esquisitos como o molóide leão marinho Flynn, que arranca gargalhadas tanto dos pequenos quanto dos grandes, a canguru Raz, o coelho Esquentado, o pássaro Silas e o mais curiosos de todos, o texugo Gupta, que se converte em uma bandeira pirata para o navio, podendo inclusive inverter as cores quando preciso, preta no caso de guerra, e branca no caso de paz, bastando somente virar o lado do corpo. Além destes, um personagem do bando surge para balançar o coração de Diego, a tigre dentes de sabre Shira (Andrea Suhet), teimosa e durona que criticava o comportamento dócil do tigre alaranjado.                              
De todos, sem dúvida é o que mais conta com aventuras, dramaticidade, que agrada aos adultos mais pelas emoções que pelo roteiro em si, lembrando que no meio da história tem uma engraçada e fofa referência a Coração Valente, filme de Mel Gibson. Elaborado pensado na projeção em 3D, o vislumbre visual e os eventos cataclísmicos chegam até a arrepiar, e os pequenos se divertem com os gracejos de Sid e outros pícaros da história como o já citado Scrat, que encerra o longa com chave de ouro em um destaque grandioso de produção caprichada que apesar dos esforços, não ganhou antes. Ele chega a lembrar o Comichão e Coçadinha, sub produto de Os Simpsons, que inclusive um dos personagens do desenho protagoniza uma vinheta de abertura bem fofinha e inocente, talvez um dos primeiros trabalhos tridimensionais de Matt Groening, mas que valeu pelo bom resultado. Só é lamentável que diretores dos filmes anteriores não ocupassem mais a cadeira, como Carlos Saldanha, que neste trabalhou na produção, mas mesmo assim esse novo A Era do Gelo não deixou nada fora do lugar em sua missão de entreter da criança ao adulto, mesclando humor, ação e aventura em uma película para todas as idades.  E que venham mais sequencias. 

Leia também:
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Jogos Vorazes

Gigantes de Aço – Um animê filmado


Conam, o Bárbaro - O cimério revive no cinema após um hiato de 27 anos


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Se beber, não case! - Parte II


A Invasão do Mundo - Batalha de Los Angeles

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