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domingo, 4 de dezembro de 2011

Heróis da Tv - Hero Club



















Se o Brasil nunca foi um país lá muito próspero de heróis, que tal se pensarmos numa reinvenção, que desse jeito sim tivesse feito sucesso? Trata-se de versões criativas dos heróis japoneses antigos com direito a toda liberdade, já que o pessoal da Toei Company, estúdio responsável pela produção dos tokusatsus e super sentais, estava bem longe, provavelmente sem conhecimento dos nossos quadrinhos publicados pela Abril Jovem. Segunda iniciativa de levar os heróis de nossa infância aos quadrinhos, a primeira foi lá pelos idos de 1989 em um gibi da editora Ebal que publicava versões adaptadas dos episódios das séries, mesmo com uma ou outra alteração e alguns cortes, mas quem era moleque na época se amarrava e não perdia um número sequer, e na onda dos gibis vieram revistinhas de passatempo, álbum de figurinhas e revista pôster que durou até a febre passar. Um tempo depois pinta nas bancas uma novidade que me encantou de primeira, uma edição em formatinho que trazia o Jaspion na capa lançada pela editora Abril Jovem. Era um Jaspion reinventado, com personagens novos e vilões bizarros, meio americanizado, em sua forma cívil o herói era meio mauricinho, menos bonachão como era na TV e o gibi contava com histórias depois da derrota do Império Satan Ghost, nada de pássaro dourado, professor Nambara e seus filhos Kenta e Kanoko, nada do Edin velhinho, nada de Miya, a Anri era a maior gata e não dava aqueles curto-circuitos e tics defeituosos que ela tinha no seriado. Além da história do Japion o gibi também tinha uma dos Flashman, o desenho era fiel e o que eu mais achava maneiro, as historias eram inéditas. Nem preciso dizer que comprava os números seguintes, mas como eu era bem moleque dependia da minha mãe me dar dinheiro, e dependendo, se fosse bonzinho e me comportasse, ganhava revistinha, e claro que eu escolhia quase sempre as da Hero Club, alcunha adotada pelos gibis do Jaspion como uma sub-editora. Dependendo da edição também  vinha história dos Changeman, Flashman, Maskman e Boomerman (aquele cara do bumerangue amigo do Jaspion hehe, acho que os produtores do seriado nunca imaginaram tanto destaque para ele), os personagens eram mais bombados que nos seriados e era comum um participar da aventura do outro em interessantes crossovers, criando-se assim um universo novo, o universo dos heróis japoneses tal qual um universo Marvel ou DC, por exemplo, e o que é melhor, criado por brasileiros, ressuscitando os antigos heróis da TV Manchete já que fazia uns aninhos que a moda passou e a criançada já estava saturada de reprises. É de encher de orgulho, né não? Só que o roteiro, a maior parte deles feita por Marcelo Cassaro e Rodrigo de Goés, inovava tanto que o herói ficava praticamente irreconhecível. Usava os habituais armamentos e equipamentos do seriado, até mesmo Daileon marcava presença, só que o desenho do robô gigante era rústico demais e em pouco lembrava o do seriado. Tinha feições grotescas e ficava em poses humanizadas, e o mais engraçado, conforme o desenhista ia mudando ia ficando cada vez mais feio, mais simples, a ponto do leitor achar que o desenhista tinha dificuldade e preguiça de desenhar o robô. O uniforme espacial do herói e da sua companheira Anri estilo Star Trek foi uma boa elaboração. Embora os desenhos não fossem ruins, Jaspion era outro personagem que sofria modificação ao passar por diferentes desenhistas, o herói já foi moreno, loiro, ruivo, já teve cabelo cacheado e já foi cabeludo, só faltou mesmo aparecer um Jaspion negro, mas, se um Peter Parker, por exemplo, também já sofreu transformações nas mãos de grandes desenhistas como John Romita, Steve Ditko e Gil Kane, é natural que cada autor desse seu toque ao personagem. Hoje seria provável que o herói ganhasse traços mangá. Um vilão inventado especialmente para as histórias do gibi que até hoje não me sai da cabeça é Nimbus, uma espécie de guerreiro imperador musculoso e robusto, de armadura espinhosa e cabelo moicano. Como o público alvo dos heróis dos tokusatsus são em sua maioria infantil, o roteiro também não era lá essas coisas, hoje relendo a gente percebe isso, mas a iniciativa teve seu saldo positivo. A Abril Jovem será lembrada como a maior editora que lançou gibis importantes de heróis nos anos 90, e com isso a Hero Club colaborou também, tendo mais títulos vendidos que uma Panini Comics.


 


Um tempo depois chegou o gibi dos Cybercop também pela Hero Club, dessa vez um pouco mais fiel ao seriado. Depois foi a vez de Black Kamen Raider e Spielvan, esses dois eu gostava menos, mas comprava mesmo assim. Dessa maneira, a publicação das revistas da Hero Club passou a ter o título de Heróis da TV. O que passei a comprar religiosamente foi o gibi dos Mask Man, nova investida da Hero Club, já que o gibi do Jaspion já não estava mais sendo lançado. Mesmo não sendo a primeira vez que os Mask Man apareciam nesse novo universo dos gibis de heróis, as aventuras dos Defensores da Luz, último sentai decente que emplacou por aqui eram muito divertidas, e o ápice foi um confronto entre duas equipes queridas dos super sentais, Maskman versus Changeman. A história, que durou o gibi inteiro, apesar de ter sido bacana teve o final estragado. Isso porque ao que parecia os roteiristas não levavam muito a sério os heróis japoneses e fizeram uma gaiatisse digna dos gibis da Turma da Mônica; os heróis liam os gibis dos outros heróis da casa (!) e numa tentativa de botar uma equipe contra a outra, um vilão se deu mal ao seguir literalmente um erro de roteiro de uma das edições passadas. Outra coisa que me incomodou foi mais um desrespeito dos roteiristas que achavam que os leitores eram crianças babacas, será que sou o único a ficar incomodado com isso? Numa aventura maneiríssima na qual Jaspion foi pego numa armadilha e os Changeman ficaram sem saber como resolver a situação, a conclusão foi deixada para o número seguinte, e fiquei na maior expectativa quando comprei a próxima revista. Imaginam para quem os Changeman foram pedir ajuda? Para o roteirista e o desenhista, já que eram os únicos que poderiam ajudá-los. Parei.
Chegou a ser lançado o Almanaque Abril Jovem que publicava histórias de cada grupo e herói e o almanaque Spielvan. Ah, já ia me esquecendo dos Change Kids, gibi para crianças de versão infantil dos personagens dos Changeman, e como eu também era criança na época, adorava ler. Não que precisasse escrever isso aqui, mas nas histórias dos Changemanzinhos não tinha soldados Hiddlers, no lugar do Sargento Ibúki tinha um velhinho chamado dr Lokito e o Change Robô tinha comportamento humanizado. 
Em 1994, época que os gibis Heróis da TV já estavam ficando saturados, um Almanaque Spielvan veio com uma novidade, Spielvan (Conhecido des de sempre como Jaspion 2) versus Jaspion. Não vi na época, só li agora graças a esse site http://gibitokusbrasil.blogspot.com que publica gibis escaneados dos nossos queridos heróis japoneses antigos, já tinha falado desse blog, mas não posso deixar de comentar de novo, a iniciativa do autor, Luilson Marcelino, é de tirar o chapéu. Voltando à história do Spielvan versus Jaspion, o roteiro é fraco e os desenhos bem ruinzinhos, mas talvez se eu lesse na época fosse achar um pouquinho melhor. Se bem que nessa época mesmo eu já estava deixando de ler os gibis dos Heróis da TV. Foi bom enquanto durou. Teve uma boa aceitação de público e boas vendas, mesmo que na primeira metade dos anos noventa a Abril Jovem lançasse promoções para alavancar vendas de gibis do tipo dois gibis por preço de um, alguns até de outros títulos como As Aventuras dos Trapalhões, Menino Maluquinho, Pica Pau, Tom e Jerry e alguns da Disney, e lançar junto com algumas publicações  álbuns de figurinhas e brindes como bonequinhos e joguinhos de Mini Batalha Naval. Muito além do assunto desse post, os quadrinhos nacionais merecem ser valorizados e não podemos nos esquecer da importância que quadrinistas como Watson Portela, João Pacheco, Arthur Garcia e Roberto Martin tiveram ao meio. Por onde andam?


E não para por aí

Chegou a ver nas bancas no ano de 1995 uma edição da revista Dragão com uns heróis japoneses desenhado de sacanagem na capa com o título Defensores de Tóquio? Trata-se de um RPG inteiramente nacional cujo tema é uma paródia (ah, esculhambação mesmo) sobre os super heróis japoneses. Na época Os Cavaleiros do Zodíaco estavam estourando e é claro que não foram poupados. Também fazia parte um herói brasileiro criado para as revistas de videogame da Escala, Capitão Ninja. Quanto aos editores, adivinha quem eram? Os mesmos de Heróis da TV, e não poupavam zoação aos nossos heróis, usando frases como ´´imitação japonesa do Robocop / herói mutante com cara de gafanhoto / reprises até a fita arrebentar...`` quem é bem humorado até tem umas risadas arrancadas, mas nem todos pensam assim. Se fosse hoje, neguinho matava.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Super Heróis brasileiros


O gibi que me ensinou malandragem.
Apesar dos super heróis criados em nossa terra terem sumido do mapa há um bom tempo, foi nos anos 90 que tomei conhecimento de alguns deles graças a editora Phenix. Em 93 um amigo me deu o primeiro número de Fantasma Negro, personagem criado pelos desenhistas Tony Fernandes (um dos criadores do Pequeno Ninja, com Wanderley Felipe) e Salatiel  de Holanda, um gibi de papel diferente do convencional, em preto e branco e de poucas páginas, e apesar dos desenhos não serem ruins era sobre um super herói desconhecido, que compunha uma minissérie de 3 volumes. Logo no começo vi que se tratava de uma criação brasileira (a história se passava em São paulo), mas não gostei e não me interessei em comprar os números seguintes, afinal, a história era muito blá blá blá, política e só nos dois últimos quadrinhos (!) teve cenas de ação. Isso mesmo, só nos dois últimos quadrinhos teve uns golpes dos heróis nos bandidos. Já na primeira página o gibi anunciava a ´´participação especial`` de um outro herói brazuca, Raio Negro, um herói que ´´ajudou`` o Fantasma Negro a sair na mão com os vilões. De fato eu não fui a única pessoa que não gostou do gibi, pois o próprio Tony Fernandes admitiu que o personagem nunca vendeu bem e o herói não emplacou. Meu irmão dizia que era de péssima qualidade. No mesmo ano ouvi falar do herói mais vezes, e ainda vi numa banca que vendia revistas antigas o Almanaque Phenix 91que trazia na capa Fantastic Man, uma espécie de Black Kamen Rider amarelo também criado por Tony Fernandes. Em se tratando da editora Phenix, parecia mesmo que só lançava revistas em quadrinhos de heróis brasileiros que ´´ninguém conhecia`` em preto e branco e com papel de qualidade inferior, dando a impressão de que os custos eram bem baratos, mas a iniciativa era boa. Assim pude conhecer uma série melhor desse novo herói recém descoberto, um vulcano perseguido injustamente pela Federação Intergalática, tendo como aliado Ápia, seu equivalente feminino. Meu interesse por quadrinhos de heróis nacionais, precisamente os gibis da editora Phenix aumentou e quando vi um segundo Almanaque Phenix 91 comprei na hora, mas foi um pouquinho decepcionante. A história não era sobre heróis e sim sobre ninjas, repleta de violência, mulheres peladas e sexo. Mas, com os hormônios da adolescência começando a entrar em combustão (dez anos na época) o gibi logo se tornou interessante para mim e através dele aprendi uma coisa ou outra que precisava saber. Ambos almanaques tinham pequenas histórias de outros personagens da ´´editora/universo Phenix`` mas não me interessavam, o que particularmente me chamou atenção foi a historinha de um homem normal que entre outras coisas se metia a mergulhador, chamado João Durão.


Dando uma boa fuçada em sebos e bancas que vendiam revistas antigas no meu bairro, encontrei alguns exemplares de Raio Negro, mas nunca comprava. Já em 95 li uma matéria na revista Herói sobre os heróis nacionais que circulavam por aqui des de 1965, mas foram todos afundados na década de 80 graças ao aparecimento de gibis Marvel e DC, e através da matéria conheci herói pra caramba que eu jamais tinha visto, mas como nunca tive acesso não importava para mim. Grande parte era chupado de heróis americanos, como Homem Lua, que lembrava o Mistério do Homem Aranha. Quem eu mais procurei saber foi os que  julgava ´´mais famosos``, Fantasma Negro, Raio Negro e Fantastic Man, e recusei a aceitar que a editora Ebal foi a responsável pela vida dos personagens em nossa terra, pois apesar de adorar a Ebal, era a editora Phenix quem os apresentou para mim. A mesma revista Herói chegou a publicar uma carta do próprio criador do Raio Negro, Gedeone Malagola, elogiando a matéria. Gedeone faleceu em 2008 aos 84 anos de infecção na perna. Além do Raio Negro, Gedeone também criou Homem Lua e Hydroman.


Minha noiva me deu anos atrás o Almanaque dos Quadrinhos, que entre outras coisas fala sobre a predominância e a importância dos heróis tupiniquins. Tony Fernandes pretende retornar com Fantastic Man, dizendo como a tecnologia de hoje facilitou bastante as produções dos gibis, o maior vilão continua sendo o mercado. A editora Phenix (que tinha como slogan ´´sempre um bom entrentenimento``) também foi pro saco. O que podemos ver hoje nas bancas é o gibi Apache, criação de Tony Fernandez lançado pela editora As Américas, história passada no velho oeste que tem como protagonista uma índia gostosona. Tony Fernandez sempre teve parceria com Wanderley Felipe e juntos criaram o Pequeno Ninja, esse sim um ´´herói`` nacional de sucesso. Também desenhou para o gibi da Angélica dos tempos da Bloch editora, as historinhas de Os Tortugas, uns dos personagens que consigo me lembrar e que até gostava.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Gibis Street Fighter e Mortal Kombat


















Em 93 surge uma novidade nas bancas, o gibi desenhado em estilo mangá do jogo clássico Street Fighter, pela editora Escala. A princípio, como ainda não eram febre os mangás no Brasil, os desenhos eram considerado toscos e as historinhas, mais toscas ainda, mas mesmo assim foi uma novidade bem recebida pelos gamers da época, principalmente entre os mais novinhos. Anos mais tarde fui descobrir que os gibis eram piratas, ou seja, não eram licenciados pela Capcom, o que justificava um atraso enorme entre um número e outro, que só durou três edições, sendo que a seguinte, que na capa tinha os Street torturando o Dalsin (infelizmente o Google não me ajudou a achar a  capa da primeira edição) foi lançada como sendo o primeiro número, o que significava que a verdadeira primeira edição não tinha mais nada a ver com as que viriam depois. Bom, talvez fosse a número zero. Enfim, a publicação era tão tosca que a cada edição que surgia nas bancas nos fazia pensar que cada uma delas eram lançadas por desenhistas/editores diferentes. 

Um ano depois pintou nas bancas o primeiro grande gibi sério do jogo de luta, que na época chamava-mos o formato de ´´americano`` por ser maior que as outras, com uns desenhos mais adultos, porém de traços que deixavam os personagens mais feinhos, com o Vega (o último chefão, caso você seja daqueles que o chama de Bison) comicamente falando: ´´Dessa vez vamos detonar, ahhhh``. Como todo guri da época, comecei a acompanhar a nova série, publicada por americanos e lançada por aqui também pela editora Escala. Mas essa nova série também só chegou ao terceiro número, e já no último tivemos uma surpresa ao ser justificado pelo Capitão Ninja, mascote das publicações de games da editora, o porque do cancelamento da série. A série seguia uma linha meio brutal, viril, nada de estranho se considerado o fato de ser baseada num game de luta, onde o chefão final,o líder da Shadaloo (eu insisto que é Vega o nome dele) manda dois de seus sanguinários capangas liquidarem Ryu, o atual campeão Street Fighter, por ter humilhado Sagat e causado a queimadura em seu peito, mas ele não era do tipo valentão, lutava por esporte, essas coisas, e apenas duas pessoas na vida desse solitário e zen homem o fariam lutar; sua namorada Chun-li e seu melhor amigo Ken. Mas Ken também estava em outra, não levava o torneio Street Fighter a sério e se meteu a ser ator, o que fez aumentar ainda mais sua popularidade. Enquanto saía de uma boate foi surpreendido pelo carinha do boxe (agora sim, ´´Mike`` Bison, e não ´´Mister``, embora uns e outros ainda o chamem de Balrog) que é derrotado, e pelo implacável Sagat, que enfim o aniquila e o escalpela como um pele vermelha, enviando seu escalpo para Ryu em seguida. Embora a série parecesse ter muito desdobramento pela frente, a vingança do Ryu e a aparente morte de Ken, a Capcom não gostou nada do roteiro e decide enviar um fax para a editora pedindo o cancelamento da série. Tendo direito a uma última edição para justificar o fim abrupto da saga aos leitores, e sendo que a maioria dos personagens não tinham aparecido, o roteirista entupiu o ´´derradeiro final`` com um autêntico desfile de Streets, cada um deles aparecendo em duas páginas corridas para ao menos agradar os fans já revoltosos, com direito a uma personagem nova, Nida, aluna de Sheng Long que foi envenenado pela Shadaloo, desejosa de vingança do injustamente acusado Ryu, e a participação especial de um herói da Malibu Comics, editora que publicava esse gibi Street em seu país de origem, o Furão, um personagem cabeludo que estampava a capa em um combate com E. Honda. As linhas finais do discurso aclamado do Capitão  Ninja dizia assim: ´´... para você leitor, não se sentir trapaceado, eis aqui um resumo do destino que o roteirista estava programando para o personagens...`` e logo após os resumos, vinha uma novidade, o gibi do jogo de luta mais popular de todos o tempo ia continuar tendo uma série em quadrinhos, dessa vez por uma editora japonesa, lançada em estilo mangá, colorido, e como o próprio Capitão Ninja dizia, ´´...com muita ação e pouco papo, ao contrário da versão americana.`` E assim a saga que acompanhava-mos nos quadrinhos se encerrava com essa promessa, sem data estipulada. Promessa que durou muito meses, e nunca foi cumprida, já que a tal edição japonesa subiu no telhado, embora tivessem mostrado uma capa de um Ryu de cabelos arrepiados. Mas o gibi Street voltou, e com força total, com os personagens do Super Street Fighter estampados na capa. No editorial dizia-se que o ´´gibi do game mais quente da atualidade`` não podia terminar, e que os gibis sairiam nem que a própria editora tivese que desenhar os quadrinhos, e assim aconteceu, em um gibi inteiramente nacional que não ficou devendo nada para produções estrangeiras. Eu achei melhor assim, uma versão brazuca, admirei a iniciativa dos roteiristas e desenhistas da Escala, entre os que consigo me lembrar tinha o Alexandre Nagado, e com traços influenciados pelo mangá, com personagens que nunca tinham aparecido antes, os quatro que deram as caras em Super Street Fighter. Na quinta edição, segunda da versão nacional, contava uma história com uma Cammy gostosíssima, cheia de curvas e cheia de energia, que dava boas bordoadas no adversários, não é a toa que Balrog (o da garrinha, se liga) ficou caidinho por ela. E numa segunda historinha da edição tinha uma versão sinistra de uma suposta continuação da série americana cancelada, na qual, durante uma investigação, Chun-li alerta Ryu de que um suspeito sondava o possível corpo de Ken na noite do crime, um sujeito de procedência indígena (T. Hawk), e que provavelmente o teria socorrido, e a história terminava com Ryu indo atrás do pele vermelha. 

No sexto número, a revista passava a ter o nome de SUPER Street Fighter, fazendo jus ao novos guerreiros que surgiram na saga, e a edição abria com Tunder Hawk avisando para Bison (o do boxe) que quer entrar para o torneio Super Street Fighter vingar sua tribo. Mas não houve mais quaisquer resquício de ligação com a versão americana. Tanto que Ryu, até então guerreiro implacável, levou um pau e Ken derrotou seu adversário, não lembro qual era, talvez o Dalsin. Como era uma versão nacional, talvez a Capcom não tivesse controle e autonomia sobre nossa versão, mas mesmo assim os caras deixaram a primeira história de lado, um dos principais fatores foi ter mudado de roteirista. Acompanhei o gibi até uma edição em que os Street eram comandados em um duelo em outra dimensão por uma mulher do bem e seu irmão gêmeo do mal em um combate que ia decidir o futuro do planeta terra, uma coisa assim, maior viagem, mas era porque depois da saga do torneio, em que o torneio foi pro beléleu por os lutadores se juntarem em um bem em comum e acabaram com os planos malignos da Shadaloo, o lance era improvisar e se validar da proposta de toda saga Street, que é as lutas. Depois fui perdendo o interesse. Ah, cheguei a comprar uma versão em miniatura (se comparada com o tamanho original) com uma historinha de Fei Long, outra da Cammy e da Chun-li e uma de todos Street contra a Shadaloo.


Gibi Mortal Kombat

Seguindo a linha do gibi Street Fighter, foi lançado o gibi Mortal Kombat. Eu me amarrei nessa adaptação, com novos personagens, história dinâmica, lutas breves e mortais, com mais impacto realista, se é que me entendem. Cenários bem desenhados e fiéis, e com uma Sonya Balde gostosíssima e mortal. Os guerreiros do Mortal estavam prisioneiros no mundo de Outworld, era constante a porradaria entre eles e viviam as voltas de um livro intitulado Tao The Zan, que, dizia a lenda, realizaria os desejos de quem o lesse. Acompanhei até o número 6, por que infelizmente não conseguia achar mais, parecia que a história ia ficar mais quente ainda, já que anunciavam um combate entre os guerreiros do Mortal 1 contra os guerreiros do Mortal 2, que já começavam a aparecer. Lembro que teve uma minissérie intitulada Goro, Príncipe das Trevas, que cheguei a ter um exemplar, e uma edição mini com os guerreiros do Mortal, seguindo a linha da versão mini de Street Fighter. 

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