terça-feira, 25 de janeiro de 2011

É tão trash que chega a ser maneiro


Um filme interessante que assisti no início desse ano foi o underground Perigosas (Bitch Slap) que embora tenha tido nenhuma ou muito pouca publicidade me chamou atenção pela capa, três lindas guerreiras que prometiam fazer acontecer. Logo no início, na cena do deserto, as três moças de temperamento diferente, mas que tem mais em comum do que aparentam, trucidam com maestria um mafioso que esconde duzentos milhões de doláres. São elas a valentona Camero (America Olivo), esquentadinha, malvada, traficante, assassina, gilete, voluntariosa, boa de briga, sempre em posse de pistolas e (Uau!!) exibe um corpo atlético e é a maior gata. E antes que eu me apaixone também tem a Hel, uma mulher mais classuda, bem vestida, boa de lábia, executiva, mas também durona e boa de briga, me faz lembrar o estilo das Panteras dos seriados e dos filmes, e no decorrer da história sabemos que dividiu uma cela com Camero. Para completar o trio de beldades temos a Trixie (sempre adorei esse nome, nome de heroína mesmo), amiga de Hel, uma mocinha delicada que a princípio chega a atrapalhar a transação, mas ainda assim é



muito gostosa e sua formosura fica mais acentuada com o vestidinho dourado justíssimo que usa durante o filme todo, interpretada pela modelo Julia Voth. Ainda que eu seja chegado numa loura, Trixie é minha favorita. A morenaça, embora frágil, no final dá uma reviravolta e arrebata meu coração antes indeciso, ao provar que é uma mina muito foda, a mais´´perigosa`` das três e... opa, estraguei a surpresa? Ah, deixa pra lá, alguém vai ver esse filme mesmo? O filme só não é ruim por causa das três gatas.



RICK JACOBSON é o diretor dessa pérola. Como já deu para perceber, este é um filme inteiramente machista, feito por um homem para outros homens. É close de seios aqui e ali, nádegas rebolativas, stripper, lindas gatas metendo o pé nos bandidos, mulheres armadas, mina torcendo o pênis de um criminoso, briga de mulher na areia, mulheres amarradas encoleiradas e imobilizadas, mulheres servindo de cavalinho, gatas brincando de se molhar, beijos e transas lésbicas, até fantasias com freiras estão presentes. E são esses fetiches que fazem o filme ficar interessante, porque se contar com a narrativa, os curtos flash backs irritantes que só servem para quebrar nossa concentração nas gatas, os poucos cenários (o tempo real do filme se passa num deserto), os personagens curiosos como um punk e sua namorada japonesinha que sai atacando todo mundo com uma lâmina igual a da Gogo Yubari de Kill Bill e os cenários capengas (aquele da neve na qual a personagem Hel contracena é sacanagem), esse filme ia acabar esquecido numa madrugada de sábado na Band. Não faltam influências de outros filmes de ação com personagens femininos como estrelas principais, nesse dessas ´´As Panteras às avessas``, já que de mocinhas elas não tem nada. Já na vinheta de abertura fazem uma analogia com seriados antigos de espionagem, e é claro, fazendo bom uso do erotismo feminino, às vezes caprichando na pimenta. Mas as cenas de luta e ação são muito boas e só tem musicão, Rock n Roll
alternativo dos bons. O conjunto da obra carrega uma inconfundível semelhança com filmes de cineastas como Quentim Tarantino e Robert
Rodrigues. Pesquisando sobre Rick Jacobson vi que ele tem no currículo filmes alternativos e séries de respeito como Spartacus: Deuses da Arena, Bad Guys, Baywatch, Xena, Hércules e Mortal Kombat. Já Bitch Slap tem como público alvo aqueles caras tarados por mocinhas de filme de ação, mas que geralmente são tããão família. Se uma mina ´´Girl Power`` achar que vai gostar, vai é passar raiva. Ou então levar no humor.



Se eu recomendo? Se você gosta de coisas trash, filme de baixo

orçamento, rock n roll, lutas, tiro, sangue, violência, e é claro, mulheres gostosas e muita sensualidade feminina, é claro que sim. Mas esqueça a história, para seu próprio bem. Eu particularmente me amarrei ao embarcar na fantasia de uma stripper gostosa (personagem de Julia Voth) ser uma mocinha misteriosa e golpista, e que no final empunha ameaçadoramente uma bela espada de lâmina reluzente que tanto buscava, mostrando que de boazinha só tinha a manha. Isso sem contar o fetish em torno do vestidinho curto que ela usa, sofrendo transformação ao longo do filme. Ele é furado por uma bala centímetros abaixo da ´´perseguida``, é sujo com areia, com sangue, é molhado, ela própria arranca uma tira mais tarde para cuidar de um ferimento de um policial fã dela, o deixando rasgadinho e ainda mais curto, e para completar o vestido ainda é queimado. Mas a moça não perde o rebolado, jamais desce do salto e a cada vez se mostra sedutora-mente diabólica. Os cuecas babam.




Só não gostei do título que puseram aqui no Brasil.

Fica parecendo nome de grupo de funk. Se bem que o original também é ridículo.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ae gil , mandando muito bem no blog em suas postagem videos e manuscritos , o Brasil tenta conservar Titulos de filmes pra nao vulgarizar até mesmo em legendas mas de longe somos de um país conservador , isso fode muito com os filmes omitindo seus reais significados , mas nao desviando do assunto matendo o foco principal , belas garotas em um filme que promete muita ação e diversao pra quem curte uma boa aventura ...

Relatou muito bem esta de parabens

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