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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Saga Crepúsculo - Amanhecer - Parte 2

Texto publicado na Revista Mais Mulher de dezembro/ 2012





















Amanhecer – Parte 2 podia ter sido o melhor filme da saga Crepúsculo, só que não. Depois de uma primeira parte lenta e arrastada, sobrou para a segunda e última (que na verdade são adaptações de um único livro) apresentar elementos que ficaram de fora, como ação, dinamismo, pouco romance e enrolação, e um direcionamento para um desfecho que encerrasse a saga com chave de ouro, e que afinal ficou melhor que a anterior, que também não era lá grande coisa. Depois que todo didatismo tinha ficado para trás, Bella (Kristen Stewart), a agora legítima Cullen e mãe de Renesmee (Mackenzie Foy) se maravilha em enfim ter sido vampirizada, se aproximando ao máximo da condição existencial dos Cullen, redescobrindo o mundo à sua maneira e dês de já adquirindo resistência à tentação do sangue humano, tornando-se curiosamente a mais forte do clã. E é a metamorfose de Bella, tão aguardada até mesmo por quem pegou um livro sequer, que dá um tom atraente à trama. Para deleite do público masculino, Bella dá uma boa surra em Jacob (Taylor Lautner), que desta vez, ainda bem, está bem menos chato que de costume, após saber que ele teve um imprinting (´´coisa de lobisomem``) com a pequena Renesmee. A jovem e recém vampira também protagoniza uma sequencia hilária participando de uma queda de braço com um Cullen, além da relação amorosa ´´selvagem`` com Edward e quando ela passa a aprender a se comportar como gente novamente assim que recebeu a notícia da visita do pai, e descobre um eficiente poder de escudo com o qual protege pessoas próximas com a força do pensamento. Mas esse atrativo não vai mais além, já que todo o enredo da trama elaborada por Melissa Rosenberg transita em torno da pequena Renesmee. Criança híbrida, ou seja, meio humana, meio vampira, é denunciada injustamente como criança imortal por Irina (Maggie Grace) para os Volturi, clã de vampiros italianos, que exigem que os Cullen a entreguem para ser queimada na fogueira, como fazem com todas as crianças imortais, um crime perante a comunidade vampírica. Os Cullen então, sob a tutela de Carlisle (Peter Facinelli) reúnem vampiros de toda parte do mundo para serem suas testemunhas, mas que ao total não chegam nem perto do número da tropa de Volturi reunida por Aro (Michael Sheen, um dos atores mais expressivos da saga, que faz um personagem cruel e carismático ao mesmo tempo). O segundo membro Volturi mais interessante é Jane (Dakota Fanning), que aqui infelizmente teve uma participação menos significante, embora a personagem tivesse proporções ameaçadoras de sobra, proferindo apenas uma única fala. O terceiro elemento importante do longa é o enfrentamento dos dois clãs num autêntico campo de batalha, com direito a mortes violentas de personagens queridos e muitas decapitações, embora sem sangue para não ter problemas com a censura. Seria um senhor combate que a saga tanto precisava, não fosse por uma trollagem no roteiro que faz os espectadores se sentirem feitos de bobos. Para tal trollagem a personagem Alice Cullen (Ashley Greene) teve tanta importância que podia facilmente ser apontada como responsável, sendo apontado para ela todo sentimento de indignação. Quem ver verá.


Nem de longe Amanhecer – Parte 2 é o melhor filme da série. O merecedor de tal título é Eclipse (2010, David Slade) ainda que o romance complicado de Edward e Bella continuasse sendo o pano de fundo. Bill Condon repete a direção e Stephanie Meyer assumiu o cargo de produtora neste filme onde todos os personagens saíram felizes. Entre uma e outra gag interessante Jacob torna a exibir seu corpo bem trabalhado, desta vez para Charlie Swan (Billy Burke), e sob seu olhar apreensivo faz uma importante revelação. O pai de Bella continua o mesmo, bom moço, compreensivo, e apesar de uma rasa participação percebemos que a presença do personagem é necessária nem que fosse para justificar detalhes do roteiro. O bebê Renesmee, junto com a vampirização da Bella, são as únicas novidades que o roteiro tem a oferecer. Mackenzie Foy pode até ser uma graça, mas sua personagem não conquista o público. Com seu ritmo de crescimento acelerado e em sua aparição ainda recém nascida em CGI, a menina se torna apenas mais um dos efeitos especiais pitorescos que ilustraram toda a cine-série, desses como peles vampíricas fluorescentes à luz do sol e lobos hiperativos maiores que pessoas. Não é de se admirar que descobrimos que uma menina híbrida e lobisomem possam ter muito em comum. Depois de assistirmos a um desfile de vampiros esquisitos de poderes variados, com direito a duas índias vampiras da Amazônia (!) a saga se despede com uniões amorosas bizarras e nos faz perceber que a saga Crepúsculo estava precisando mesmo acabar. Não vai deixar saudade.

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terça-feira, 31 de julho de 2012

O corno da vida real e da ficção



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eclipse - Como dizia Renato Russo, que cresçam logo as crianças


Nunca tive a menor vontade de conhecer os livros da saga Crepúsculo, da autora Stephenie Meyer, mas deixando o preconceito de lado assisti as três adaptações para o cinema dessa que seria a saga do momento, a novela vampiresca teen que se tornou um deleite para o público feminino. Independente de todo poder que o universo vampiresco possa oferecer, Edward Cullen (Robert Pattinson), o mocinho da narrativa, possui o dom que muita gente gostaria de ter, o da juventude eterna, e isso o justifica manter o comportamento adolescente ao longo dos filmes, como continuar estudando numa escola de ensino médio, usar penteado arrepiado adotando a moda dos jovens atuais, e é claro, namorar garotas novinhas, mesmo quando se já tem uns cem anos. Ao menos nos filmes o intervalo entre uma história e outra quase não existe, e Eclipse (David Slade) começa exatamente onde Lua Nova (Chris Weitz) termina, o mesmo se diz para o lançamento entre um filme e outro que foi em menos de um ano, e assim o progressivo amadurecimento dos personagens se dá em câmera lenta. Exceto talvez para um certo ´´menino lobo`` Jacob (Taylor Lautner) que no primeiro filme era simplesmente um amiguinho de Bella (Kristen Stewart), a mocinha da narrativa, uma garota bonita porém simples, interpretada por uma atriz possivelmente escolhida a dedo para que todas as garotas da faixa etária pudessem se identificar. Voltando ao ´´menino lobo``, este cortou os longos cabelos no segundo filme, se revela apaixonado por Bella e assume um estilo pitboy, além de apresentar um lado sensual até então adormecido, se exibindo sem camisa onde que que andasse, com certeza mais um artíficio para despertar a atenção do público feminino. Excelente observação de Edward nesse último filme: ´´Ele não tem camisa?``. Jacob torna-se então um concorrente a altura para seu inimigo natural (vampiros e lobisomens não se bicam) Edward Cullen, dividindo as opiniões das meninas por ele parecer até mais másculo e de aparência latina, ao contrário dos padrões europeus e um tanto ´´frio`` do protagonista vampiro, lembrando a cena em que ele esquenta Bella na cabana durante uma tempestade sob o olhar cabreiro, porém passivo de Edward, em que diz ´´posso esquentá-la melhor do que você``. Sim, o menino lobo parece mesmo um latino, e nós latinos somos ´´calientes``, talvez por isso ele se vire bem no frio sem usar camisa. Independente das chances de cada, é interessante para uma adolescente fantasear a sensação de ser objeto de cobiça entre dois garotos bonitos e de postura heróica.


Claro que a história da saga Crepúsculo não se concentra apenas no triângulo Edward/Bella/Jacob. Tem toda uma guerra envolvida entre clãs de vampiros do mal contra vampiros do bem, ´´vampiros recém criados`` e lobisomens, que afinal não é nada de original, um exemplo recente é a saga Anjos da Noite (Underworld), da mocinha vampira Selene. O que acredito a saga Crepúsculo ser o fenômeno que está sendo (que loguinho vai acabar, diga-se de passagem) é o apelo ao público adolescente feminino. Não imagino como termina a saga, mas seria de bom tom se Bella terminasse sem nenhum dos dois, ou com um terceiro garoto, e talvez Edward e Jacob se tornassem amigos, assim estaria exposto e declarado a realidade dos adolescentes, seu comportamento volúvel, inconstante, nada irreversível. Vai dizer que acredita que uma garota de 18 anos saiba o que é amor eterno a ponto de querer para si passar a eternidade ao lado de uma paixonite adolescente? Edward, por ser um senhorzinho, sabe que é melhor não vampirizar a garota. Bella insiste em entrar para o time alegando que o motivo de sua decisão não é a paixão que sente por ele, mas por se achar esquisita, deslocada no mundo e doida para se filiar a uma tribo, essas coisas que todos nós já dissemos em um momento de nossa juventude. O acordo então é feito, des de que Bella aceite se casar com ele, e assim termina Eclipse. Para aqueles que só acompanham a saga no cinema, ainda teremos Amanhecer, que além de mostrar se o ato será consumado ou não (a provavel vampirização de Bella sutilmente representa a perda de sua virgindade) e o desfecho do romance, apresentará cenas numa ilha do Atlântico, próxima ao Rio de janeiro. Veremos qual será a locação. Talvez Bella se torne a última e a primeira mulher oficial de Edward, já imaginou quantas ´´Belas`` viveram com Edward até que a morte os separaram? Enfim, até que Edward e Bella formam um ´´belo`` casal (olha o trocadilho, hehe). Ambos possuem a pele bem pálida e cara de paisagem.


Outro ponto interessante da saga é o conflito de gerações. Um longo espaço de décadas separa a juventude do casal, e enquanto ela, uma adolescente moderna, pensa em ter sua primeira vez com o namorado, este pensa em pedir sua mão para seu pai antes disso. Coisa até bonita, pois as moças gostam de romance à moda antiga. Mas parece que Edward não andava pensando muito nisso, nem cama o rapaz tinha. Aliás, como pode alguém ficar o tempo todo em alerta, sem descanso, por toda eternidade, mesmo sendo vampiro? Essa e outras qualidades, como sua grandiosa segurança sobre os sentimentos de Bella por ele mesmo que ela beije outro cara a poucos metros à sua frente, mesmo não tendo se mostrado tão heróico nesse filme como nos anteriores, o torna o preferido no coração da mocinha. Tomara que mesmo mantendo a mesma cara e o mesmo jeitão por toda eternidade ao ser vampirizada sua mentalidade amadureça, e que não se arrependa, pois será um caminho sem volta. Quanto a Jacob, já está mais do que na hora do garoto partir para outra.
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