quarta-feira, 15 de maio de 2013

G. I. Joe – Retaliação: Uma sequencia com cara de reboot


Texto publicado na Revista Mais Mulher de Votuporanga - SP




















O segundo filme dos heróis de brinquedos da Hasbro podia se sair um razoável reboot, mas o diretor Jom. M. Chu (Justin Bieber, Never Say Never) resolveu incorporar elementos já estabelecidos em G. I. Joe – A Origem de Cobra (Stephen Sommers) talvez numa tentativa de agradar quem curtiu o primeiro live action. Acabou se tornando só mais um filme de ação de grande orçamento, pois teoricamente não funciona como sequencia. Se no primeiro o personagem de destaque tal como no desenho dos anos 80 é Conrad ´´Duke`` Hauser (Channing Tatun), neste é seu companheiro de batalhas e amigo de muitos anos, que curiosamente sequer foi arranhado no filme anterior, Roadblock, interpretado por Dwayne ´´The Rock`` Johnson (Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio), o badass da atualidade, que ao lado de Bruce Willis, que faz uma participação mais que especial como Joe Colton, o Joe veterano e já quase esquecido, forma a dupla casca grossa que todo filme de ação americano precisa ter, superados apenas pela belíssima cena de combate ninja nas montanhas protagonizada por Snake Eyes (Ray Park), Storm Shadow (Lee Byyng – Hum) e Jinx (Elodie Yung), a mais nova ninja dos Joe a estrear sua versão em carne e osso. Falando em personagens novos é interessante observar que a lista dos que figuram o universo Joe é extensa e para agradar a fans antigos e saudosistas naturalmente cabeças seriam cortadas para dar lugar a novas, mas é revoltante ver que personagens importantes da primeira adaptação como o general Hawk, Scarlett, Heavy Dutt e Ripcord, o melhor amigo de Duke, foram simplesmente ignorados. Mais revoltante ainda foi ter visto alguns sendo descartados de maneira desmerecida, como o Duke que, além disso, teve participação ínfima. Entre outros conhecidos que entraram em campo pudemos ver outra personagem feminina notável, Lady Jaye, um dos poucos personagens que tiveram uma origem explorada, além de poder fazer uso de sua sensualidade quando preciso, mas sem perder a tenacidade que não a deixa devendo nada aos integrantes masculinos, e Flint (D.J Cotrona), personagem que nada acrescenta, mas como muitos estava devendo uma participação.

Comando Cobra

Tão importante quanto os Joes, é claro que é o comando terrorista Cobra. A ausência dos que participaram do filme anterior, como Destro e Baronesa, podia ser explicada com a desculpa de que tinham sido capturados, porém, enquanto Destro estava esquecido o comandante Cobra, até então ofuscado pelo primeiro, torna-se o principal antagonista juntamente com Zartan, um mestre do disfarce que toma lugar do presidente dos EUA (Jonathan Pryce) preparado para provocar uma nova guerra mundial. Firefly (Ray Stevenson) marca presença dando dor de cabeça aos Joe, mas se na versão que consolidou a fama dos G. I. Joe pelo mundo entre crianças ele era um guerreiro mascarado, nessa versão ele está de cara limpa. Storm Shadow retorna após sua provável morte no primeiro filme, mandando às favas a verossimilhança, por mais que esse Retaliação tivesse a suposta pretensão de ser mais condizente com a realidade.

Brinquedinhos e a moral da história

Podemos considerar que esse novo G. I Joe não é nem uma sequencia nem um reboot, e sim uma reinvenção do que já foi levado às telas com atores reais. No lugar dos brinquedinhos hi tech de A Origem de Cobra, como trajes especiais e ogivas de nanomites, agora os equipamentos, veículos e armas são os que normalmente são idealizados para a segurança nacional americana, e claro que não tardarão a serem reproduzidos fielmente em sua versão brinquedo moderno, mas nada que possa transformar a equipe militar num Battlestar Galactica, por exemplo. O roteiro também deixa bem claro que nações do mundo inteiro, principalmente os EUA, possuem equipamentos bélicos de destruição global, e numa demonstração fantasiosa o comando Cobra manda Londres pelos ares numa sequencia tão impactante quanto às batalhas ninja nos picos gelados. No entanto a história não é lá grande coisa e deixa a desejar. Os Joe não são mais uma equipe enrustida e tornam-se uma Tropa de Elite conhecida pelo mundo todo, sofrendo ataques que dizima grande parte de uma unidade em missão no deserto (quem sabe foi aí que personagens do filme anterior ´´se perderam``). Mais tarde o Cobra consegue deixar os Joe mal vistos perante o governo americano, e numa ação para salvar o mundo alguns absurdos dramatúrgicos são cometidos, citando de passagem a aliança entre Snake Eye e Storm Shadow que se deu num piscar de olhos, sendo eles rivais dês de a infância. Como de praxe, só efeitos especiais e cenas de ação se salvam em casos como esse, e ficamos sem entender por que o filme demorou a ser lançado (foi filmado em poucos meses entre a segunda metade de 2011) e sua conversão em 3D não justifica, pois não conseguiu deixá-lo mais atraente. Uma sequencia já foi confirmada e espero sinceramente que dizimem esse elenco para dar espaço a outros personagens que faltam aparecer, já que de repente essa é mesmo a solução encontrada para deixar cada novo filme com gostinho de reboot mesmo com preguiça de partir do começo.

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