sábado, 18 de agosto de 2012

Agora só falta o Cabeção


Malhação não se renova mais há tempos, mas nessa nova temporada a novela veio com uma novidade interessante, a participação especial de um clássico personagem, Mocotó. Sua participação vai durar por mais essa semena, acredito que depois dela a audiência torne a despencar como tem sido em suas últimas temporadas, mas foi boa a iniciativa de ressucitar esse personagem dos áureos tempos, claro que agora com muitos e muitos quilos a mais. Lembro quando eu era adolescente e a novela começava a cair no gosto do público, já estava na hora de uma homenagem aos personagens antigos, e coincidentemente sua participação foi uma semana depois da de Dulce Maria na novela Rebelde, outra do gênero. Malhação já foi boa, houve tempos em que eu não perdia um só capítulo, e na época eu podia até fazer uma monografia sobre a novela de tão por dentro que eu andava, e estou convencido de que vou fazer um post dessa novela em breve. Tão interessante quanto, é o Cabeção, personagem de Sérgio Hondjakoff, que agora com certeza vai ser cobrado para uma participação no folhetim, nem que seja para melhorar a audiência. Mocotó só não vai poder mais usar seu consagrado bordão ´´Isso é coisa de frutinha``, pois hoje em dia isso daria processo de tão carola que se tornou o país.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Flashman – O segundo maior Sentai antes da maldição Power Ranger



´´Um dia cinco crianças foram raptadas e levadas ao confins do universo. E após vinte anos...`` era assim que se iniciava os episódios do segundo melhor sentai a passar por aqui antes que um acordo maldito entre a Saban e a Toei Company transformassem os guerreiros do Tokusatsu na praga americanizada Power Rangers, e se pensarmos bem no Brasil passou poucas séries Super Sentai de respeito, são elas Changeman, Flashman, Goggle V e Maskman. Lembro perfeitamente quando eu era moleque e vi anunciar pela primeira vez na extinta Rede Manchete este seriado que seria o sucessor dos Changeman, que ainda encantava a molecada, mas não era mais novidade, isso em 1989 ou 1990 não sei ao certo, e vibrei de emoção já tendo em mente que tudo que faz sucesso gera imitação ou continuação, para pouco depois saber que os próprios Changeman não eram originais. Apesar da escancarada semelhança entre essas séries, o Comando Estelar Flashman tem seu charme próprio em tramas mirabolantes e roteiro comovente, que lembraremos a seguir.



As comparações
Inevitavelmente vamos lembrar e fazer citações a outros Tokus do gênero, o que não podia ser diferente sendo que antes da série nos ser apresentada já conhecíamos séries como Jaspion (para não falar das pessoas ainda mais velhas) e é claro, a da mesma família, Changeman. Portanto não se incomode se este artigo for calcado nem exemplo já visto, no caso o seriado dos Changeman. Fica até mais fácil para aqueles que não acompanharam as aventuras do Comando Estelar conhecer melhor o grupo.

A história
Cinco crianças foram raptadas por caçadores espaciais para serem usadas em experiências científicas por Dr Keflen, que usa a biomolécula dos seres que rapta para a criação de subordinados a serviço do Cruzador Imperial Mess, cujo líder, Monarca La Deus, objetiva se tornar o ser mais poderoso do universo. As crianças acabam sendo salvas por nativos do planeta Flash, onde foram criadas e receberam treinamento e poderes para se defenderem de possíveis ameaças. Sabendo que Mess está preste a invadir a Terra os cinco guerreiros retornam ao planeta pela primeira vez após o rapto dispostos a se vingarem e a defender sua Terra natal, e depois encontrarem seus pais.
Planeta Flash: A principio o planeta era nada menos que cinco corpos celestes diferentes, cada um da cor de um dos heróis, por onde se espalharam, o que deve ter causado confusão a muita gente. Mas como o Japão é um arquipélago, podia ser comum para eles idealizar um planeta fragmentado. Anos mais tarde fui saber que não era bem assim; o planeta era um só, onde foi criado o líder (Din/ Red Flash), porém tinha quatro satélites onde foram criados seus parceiros de equipe, o Green Star, o Blue Star, Yellow Star e Pink Star, cada qual com uma característica própria.
Os heróis: Ao chegarem à Terra os heróis ficam encantados com o mundo novo que descobrem, e nesse sentido eles se assemelham ao Jaspion, agindo feito crianças a cada descoberta, querendo aproveitar a infância que não tiveram. Ao contrário dos Changeman que por serem militares contavam com um exército de apoio e companheiros humanos, os Flashman tinham apenas o robô fêmea (!) Mag que os fizesse companhia, embora no começo tivesse se mostrado hostil, mas logo se tornou uma excelente mentora e companheira por toda série. Din, o mais velho de todos, foi raptado aos três anos de idade e acabou adquirindo uma cicatriz no peito ao ser ferido pelas mãos do caçador, que eventualmente lhe causava fortes dores em sinal de presságio de perigo, ao estilão Harry Potter. Já no planeta Flash, lugar onde um dos grandes problemas eram as tempestades cósmicas, costumava treinar bloqueando o sentido da visão, habilidade que acabou sendo útil em um dos episódios da série, e ganhou a espada Sword Laser de seus mentores, arma eficaz em combate contra as criaturas de Mess, e por ser o mais experiente acabou se tornando o líder do grupo. Dan/ Green Flash é o mais viril de todos. Nunca fugiu da briga, é de pouco papo e muita ação, sua arma branca favorita é o soco inglês (lembra o Hayate dos Changeman com seu inseparável pente? Nos primeiros episódios tentaram fazer uma associação de Dan com o equipamento de socar). Já na forma de heróis sua arma são as luvas cósmicas Glass Laser (não seria Glove Laser? Mas na dublagem brasileira ficou assim) que ele usa para extravasar sua habilidade pugilista. Go/ Blue Flash é o mais novo de todos e mais alegre e imaturo. É o que faz amizade com mais facilidade também. Sua arma é a Laser Ball, bola gigante na qual se converte para ataques aos inimigos, sem esquecer as shurikens azuis que ele chamava de estrela projétil, e sua habilidade de escalar paredes em sua forma civil à la Spider Man. Sara/ Yellow Flash é a única que reencontra seus pais na Terra, mas não teve tempo para aproveitar a descoberta, pois o povo nascido ou criado no planeta Flash sofre rejeição à atmosfera da Terra caso permaneçam muito tempo no planeta (isso lembra muito Guerra dos Mundos) e tiveram que vazar. Suas armas são as bolas projétil, espécie de bolinhas de gude amarela que ela tacava nos inimigos, e o bastão congelante, dois bastões que usava para fazer nevar e congelar os seres malignos. E por último, na minha opinião a mais gata, Lu / Pink Flash, e também a mais engraçada. Habilidosa com os pés, sua arma é a Shoes Laser (eu entendia Chute Laser. Problema auditivo meu ou ´´chinelagem`` da dublagem?), par de botas que a mina usava para dar pontapés nos caras e até provocar terremotos (Uau!) como se o Japão fosse uma terra que precisasse de abalos sísmicos. E também usava o coração projétil para arremessar nos inimigos em sua forma cívil, essa mina realmente é de matar. O Que eu achava curioso mesmo eram as transformações, um tanto que original; apesar de fazerem poses como em todo Sentai, a princípio todos se transformavam de maneira idêntica (braços esticados), e só depois que o corpo era todo revestido pelo uniforme era que se embutia os óculos, ´´Visor Combate`` como eles evocavam, equipamento que além de proteger a visão provavelmente os faziam enxergar melhor. Ou seja, o uniforme e os óculos eram dissociados, diferente dos uniformes de outros seriados Sentai.








Aliados: Volta e meia aparecia o Dr Tokimura na série, um cientista inventor da máquina do tempo que sonhava voltar 20 anos atrás, época em que teve um filho raptado por caçadores espaciais. Nesse tempo sua esposa e ele perderam a memória e não conseguiam se lembrar nem do sexo da criança. Certo tempo depois, Setsuko, esposa de Dr Tokimura, se recorda de que a criança era uma menina, reduzindo as opções de um dos Flashman serem na verdade filhos do casal, e no penúltimo episódio Sara descobre ser ela essa criança (hoje em dia um simples exame de DNA resolveria a dúvida). Porém, até o final da série não pôde mais ver seus verdadeiros pais depois de ter feito a descoberta. Dr Tokimura e Setsuko também tinham outras duas filhas, Kaori e Midori, e na minha humilde opinião o doutor era muito parecido com o Dr Nambara, de Jaspion.
Outro interessante personagem a dar as caras é Barak, monstro guerreiro cria de Dr Keflen que invadiu o planeta Flash há 100 anos antes do início da série, sendo derrotado por Deus Titan, até então defensor do planeta, que decidiu poupá-lo e ensiná-lo a dar valor à vida e ir contra os planos malignos de Mess. Curiosamente a criatura falava (os monstros guerreiros de Mess nunca falavam) e mesmo 100 anos atrás já exibia pelos grisalhos pelo corpo, aspecto envelhecido e voz de uma criatura bem idosa, exatamente do jeito que tinha quando foi descoberto na Terra, despertado de seu sono secular para oferecer aos Flashman o equipamento deixado por Deus Titan à nova safra de guerreiros que tal como ele lutariam em defesa de seu planeta natal, já que a ganância de Mess não deixaria um planeta tão produtivo quanto a Terra passar em brancas nuvens quando descoberto. O equipamento consistia num grandioso caminhão de combate, o Titan Flash, cuja base principal se convertia num robô guerreiro, Titan Jr, um tanto cômico e desajeitado, porém dinâmico, feroz e duro na queda. Sua carroceria se convertia na arma mortal que tornava o robô ainda maior e ameaçador ao se fundirem, quando já passava da hora de acabar com a luta, veículo este que foi muito útil aos Flashman quando perderam Flash King, seu primeiro robô de combate fabricado por seus pais adotivos do planeta Flash, em uma batalha covarde com dois monstros guerreiros. Barak durou apenas poucos episódios, aparecendo posteriormente em curtos flash-baks (não quis fazer trocadilho, ô mané) e morrendo pouco antes de revelar o ponto fraco do povo nascido ou criado no planeta Flash, a tal intolerância à atmosfera e às coisas da Terra caso aqui permaneçam por muito tempo, como já vimos antes. Não posso deixar de mencionar o quão interessante foi a solução encontrada pela Toei Company (produtora dos seriados Tokus) de apresentar a diferença da atmosfera do planeta Flash em relação aos outros planetas; a fotografia amarela, recurso também aproveitado em Changeman quando os heróis pousavam no planeta Gôzma.



Equipamentos, armas e veículos: Como todo Sentai, os Flashman tinham a Cosmic Vulcan, artilharia pesada formada pelas bazucas de cada um, todas elas iguais e enormes, ao contrário da Power Bazuca dos Changeman, e a rajada parece até um lindo arco íris com a junção das cores dos heróis girando em torno de si no estilo caleidoscópico de um comercial do gel dental Close Up, acabando de vez com o monstro do episódio, e os mais velhos se perguntavam por que eles não usaram isso antes. Em seu formato agigantado graças à ação de Medusan que veremos logo a seguir, o monstro enfrenta Flash King, robô colossal que eles descobrem ainda no segundo episódio, formado pela junção de três veículos que os heróis se dividiam em pilotar, Delta Craft, Ômega Craft e Tanque Comando, sendo que assim que o robô era transformado, miraculosamente apareciam todos eles reunidos na cabeça dele, pilotando o grandalhão lado a lado, ao contrário dos Changeman que cada um pilotava sua parte dentro de uma cabine. Como eles iam parar todos juntos lá no topo, era um mistério. Só que achei interessante uma solução resumida encontrada pelos produtores da série para mostrar como os heróis aprenderam a converter os veículos no robô; Mag mostrava os projetos de formação,os encaixes e os comandos, claro que de maneira mais exemplificada possível, mas mais realista que Changeman que já começaram a pilotar o robô de primeira sem um cursinho relâmpago.  Quando menino, o visual do robô me decepcionou, tinha as mesmas cores do Change Robô, não tinha achado seu visual original e por fim ele tinha a cabeça achatada. Flash King é destruído no episódio 15, O Extermínio do Robô, episódio marcado também pela chegada dos Caçadores Espaciais à Terra, substituído já no episódio 18, em A Reviravolta do Robô, por Titan Jr. Mas Flash King retorna restaurado para socorrer Titan Jr já em seus primeiros confrontos, no episódio 20 A Ressurreição do Robô, quando parecia que o robô mirim ia levar a pior. Sinceramente não achei que Flash King devia voltar, Titan Jr já estava bom demais, é aquela velha cafonice de apego dos japas que fez com que não tivessem coragem de se livrar da lata velha. Acabou que os Flashman passaram a usar dois robôs de combate, os alternando nos episódios; se o monstro fosse naturalmente ameaçador, Flash King era o escolhido da vez. Se o monstro fosse cômico e o episódio bizarro, Titan Jr entrava em ação. Não podemos esquecer que, se o episódio tivesse sido longo, o confronto entre robô e monstro devia ser resumido e a solução encontrada pela Toei Company era os guerreiros evocarem o robô já montado ao invés dos veículos saídos do Star Condor (o cruzador dos heróis) que os formasse, recurso também adotado em várias séries do gênero. Ou então chamavam Titan Jr, que era mais fácil e mais rápido de se converter em robô.





No episódio 33, Meu Pai, Meu Herói, eis que surge uma surpresa; a Poderosa Lança. Trata-se da junção das Star Lasers (Armas que se convertem tanto em pistolas quanto em espadas e escudos) de todos os heróis, que formam uma única e grandiosa lança para ser arremessada no monstro guerreiro. Cheguei a imaginar que na ocasião supriria a Cosmic Vulcan, mas me enganei. A Poderosa Lança servia unicamente para deixar o monstro amaciado o bastante para sofrer o ataque agora sim mortal, da Cosmic Vulcan. Quem sabe se a Toei Company enfim imaginou que precisaríamos de uma explicação para que a Cosmic Vulcan não fosse usada assim que o monstro do dia desse as caras? Agora eles precisariam amaciá-las antes. A Poderosa Lança durou poucos episódios.
Vilões: Sempre achei os vilões dos Flashman menos carismáticos que os dos Changeman, onde cada um deles tinha uma história e no final todos eram vítimas do império Gôzma. Em Flashman todos eram crias do Dr Keflen, feitos a partir do DNA de criaturas diversas encontradas pelo universo, unicamente para servir Mess. O império Mess, assim como o império Gôzma, eu não sabia com exatidão do que se tratava além da denominação dos inimigos da série. Nunca soube, por exemplo, se Mess era só o nome do Cruzador Espacial, se era uma organização secreta ´´illuminati`` de dominação universal, enfim, mas o que me chamava atenção dês de sempre é que o senhor de Mess, Monarca La Deus, era bem menos carrasco que o Sr Bazoo de Gôzma, apesar de vez ou outra dar uns puxões de orelha. Como em Changeman Gôzma era totalmente subordinada pelo cruel senhor Bazoo, em Flashaman o império Mess era uma organização formada por gênios cientistas e suas criações, e rolava até um certo companheirismo entre La Deus e Keflen, que fomentava os planos malignos e executava suas ações, estando La Deus sempre dentro do Cruzador quebrando a imagem de ´´ser poderoso inacessível``, a não ser nas poucas vezes em que ele aparecia no pára-lama da nave bradando ordens, dando esporro e castigando seus subordinados,  numa clara referência (e imitação mesmo) de Bazoo. Em uma comparação literal aos vilões dos Changeman, Dr Keflen seria como o Comandante Giluke, Wandar seria como o Buba, Gaus seria como o Gata, apesar do primeiro não falar, só rosnar como todo monstro guerreiro criado por Keflen, mas ambos se igualavam no quesito ´´mascote da trupe do mal``, Urk e Kirt (duas gatonas, sendo que na verdade uma era uma mulher lobo ou raposa, não sei bem, e a outra era uma mulher gato), que muita gente achava que não falava, mas realmente falava embora bem pouco, seriam como, por que não, a Shima, por apesar da beldade que eram, causarem aversão e estranhamento em alguns aspectos, além de serem boas de briga e dificilmente levarem a pior, principalmente em combate com as mulheres, e a tigresa Nefer (agora vocês podem ver o trocadilho embutido aí), a pioneira da série a ter chicotinho até ter sua arma monopolizada por Kaura, apesar de sabermos que fica muito melhor nela, se compararia à Rainha Ahames pela sua majestosa beleza e charme em combate, e ambas tiveram a voz da mesma dubladora, embora Ahames fosse um pouco diferente, teve sua primeira aparição muitos episódios depois e foi uma grande rival do Comandante Giluke, rivalidade que nos Flashman se equipararia à de Keflen e Kaura, que veremos a seguir.


Dr Keflen

Wandar, o Terrível

As gatinhas do mal


Os Caçadores Espacias: Tecnicamente a primeira aparição de um Caçador Espacial foi no episódio 3, O Caçador, embora tenha morrido bem no comecinho ao ter sofrido uma queda com sua nave na Terra, E Mess, que não desperdiça nada, usou sua biomolécula na confecção de um monstro guerreiro. Já no episódio 15 chega à Terra o comandante dos Caçadores Espaciais, Kaura, que com sua forma humanóide, seu cabelo emo e seu chicote laser de cerca de uns 15 metros de comprimento (uma arma feroz, só uma lapada era o suficiente para fazer os heróis passarem de seu estado de Flashman ao seu estado civil) trouxe mais quatro Caçadores com ele, Baura, Hag, Hou e Kerao, este último embora não fosse mais um dos que raptaram os Flashman (ninguém sabe se os outros tiveram participação ativa nos raptos), era exatamente igual ao do terceiro episódio, provavelmente vieram do mesmo planeta, embora saibamos que na verdade a Toei Company quis apenas reaproveitar a fantasia. Tal como as vidas menos inteligentes geradas por Dr Keflen, os Caçadores não falavam. A chegada de Kaura e os Caçadores foi um feito e tanto para Mess, o auxílio que buscavam na tarefa que se mostrava árdua de derrotar os Flashman. Aos poucos a rivalidade e a concorrência entre Dr Keflen e Kaura foram aumentando. Kaura tentava fazer La Deus crer que seus planos de domínio global eram mais eficazes que os de Keflen, e o doutor por sua vez não permitia intervenções de Kaura em seus planos, por mais imatura que fosse sua decisão. Embora lutassem pelas mesmas causas de Mess, passou a existir uma forte concorrência de Kaura e seus Caçadores Espaciais entre Dr Keflen e suas mutações sintetizadas.  Os Caçadores acabaram sendo usados por Keflen na criação de um monstro guerreiro, enquanto Kerao foi devorado por outro monstro que se alimentava da energia dos Caçadores ao defender Go de um ataque, tendo aprendido com uns garotos o sentido da amizade, os mesmos garotos que também ensinaram o Blue Flash a perdoar a criatura da laia dos que o raptaram vinte anos atrás. Detalhe curioso; esse foi o único episódio em que um dos Caçadores esboça uma palavra, no caso Kerao, mesmo moribundo. ´´Kerao``, dizia o Caçador ao ser indagado por um garoto sobre seu verdadeiro nome.

Kaura reencontra Galdan

Kaura revela a Keflen que ele é um terráqueo igual aos seres do planeta que almeja destruir, e a princípio o cientista reluta a acreditar, até enfim se convencer apesar de ter seus 300 anos (A explicação de sua longevidade é uma incógnita). Kaura se associa a Galdan, um viajante do espaço companheiro de longa data que torna a ser seu braço direito, e o peito de Kaura é tão grande que resolve aniquilar La Deus para se tornar ele mesmo o ´´Senhor do Universo``, e com a ajuda de seu braço direito Galdan acabam derrotando La Deus, o que não tinha porque ser difícil, sendo ele uma criatura que mal tinha mobilidade feito a partir de um manequim inflexível da Toei Company. Para seu espanto, Keflen descobriu que La Deus era formado por uma biomolécula líquida e usou seu composto para a criação de suas últimas criaturas. Já Kaura, tem uma morte suicida ao tentar matar Keflen.
Os Monstros Guerreiros: Monstro Guerreiro (nos Changeman era Monstro Espacial) ou Mutação Sintetizada era a denominação das crias maléficas de Dr Keflen que ilustravam cada episódio. Geralmente baseada nas vidas diversas encontradas pelo universo, Dr Keflen usava o Sintetizador Biomolecular (uma espécie de órgão musical inspirado na ´´Máquina de dar Orgasmos Musicais`` do filme Barbarella, de Roger Vadim) para a concepção da criatura que nascia através do que parecia ser uma cápsula cheia de fios e em seguida  introduzia seu coração artificial. As criaturas não falavam e pareciam serem irracionais, seguindo apenas os comandos dos membros de Mess, portanto era difícil sentir peninha em vê-los estraçalhados pela Cosmic Vulcan. Após destruídos entra em ação outra Mutação Sintetizada de Keflen, Medusan, criatura baseada na elasticidade das  medusas marinhas que ressuscita e agiganta os monstros derrotados, os deixando até 30 metros de altura, e após sua ação volta a seu estado natural de pequena Água Viva. Mas os monstros agigantados ainda mais enfurecidos não tardam a sofrer o golpe mortal da Cósmic Laser ou da Operação Gran Titan.

Zolos

Como ´´assistentes pau pra toda obra`` o império Mess tem os Zolos, sendo assim batizados um certo número de episódios depois, inicialmente tratados apenas por soldados, exército fraco, porém inacabável, baseado em formigas saúvas, de cor vermelha. De fato, o animal que mais age em ´´exército`` aqui na terra são as formigas. Quando moleque me amarrava ao os verem sendo chamados, sua apresentação acompanhada pela trilha sonora, sua posição de ataque e seu relinchar. Também possuíam garras numa das mãos. Bem lá para frente começaram a gemer com voz humana conforme apanhavam, e isso foi me incomodando aos poucos. Também achava que os Zolos concorriam bastante, mesmo que indiretamente, com os Caçadores Espaciais, ficando até ofuscados por eles.
Medusan
Para exemplificar que a equipe de Mess era parcialmente forjada através de biomoléculas de animais, Wandar tinha o corpo zebrado, e Nefer, Tigrado, sem nem precisar citar Urk e Kirt. De todos o que mais era leal a Keflen era Nefer, chegando ao ponto de se sacrificar por ele, se pondo à frente da Sword Laser para evitar que seu ´´pai``, como passou a chamá-lo nos últimos episódios, sofresse o ataque de Red Flash. Porém Wandar também foi honrado em se oferecer a se tornar uma nova Mutação Sintetizada, feroz em ataques apelativos sob os olhos já cansados de fracassos de La Deus, tornando-se assim o invencível Wandalo, cujo golpe é ´´Espada Demoníaca: Tempo congelado em 3 segundos``. Já Nefer tornou-se a Diabólica Nefer, ficando com um visual mais selvagem e monstruoso, nada atraente (sabe os capítulos finais de Changeman em que Bazoo ficava transformando toda a galera do mal em monstro? Pois é). É curioso lembrar que nesses seriados, quando um personagem fixo é transformado em monstro, mas os produtores não querem se livrar dele, usam um recurso muito comum que quem acompanhou muito Sentai deve saber do que estou falando; a pessoa´´sai`` do monstro. Sim, ele cai, inconsciente, de seu hospedeiro, enquanto a criatura na qual havia se transformado segue seu caminho livremente, difundidos, como se sua metamorfose pudesse adquirir identidade própria.
O mais injustiçado, coitado, foi mesmo Gaus. Entrando mudo e saindo calado, foi um dos seres de Keflen que não falava, embora do ´´elenco`` fixo. Robusto, agressivo, era simplesmente uma das criaturas subordinadas de Mess, além de ser resistente, agüentava bem as bordoadas. Morreu ainda longe do seriado terminar, tratado como um Monstro Guerreiro qualquer, com direito à Cosmic Vulcan, agigantamento de Medusan e à Cosmic Laser de Flash King. Dizem por aí que o personagem foi dispensado mais cedo por sua fantasia de peças de pano, pelúcia e metal ter ficado bem avariada com o passar da série, antes do tempo previsto.
Em suma, as aventuras do Comando Estelar são até hoje consideradas mais adultas que as dos Changeman, mas eu não penso assim. Apenas teve um roteiro mais elaborado. Difícil dizer qual série supera a outra, embora eu tenha um carinho muito grande, quem sabe até maior, pela do Esquadrão Relâmpago Changeman, não que a do Comando Estelar significasse pouca coisa. Ao todo teve 50 episódios, e se aqui eram exibidos diariamente por um bom tempo com direito a reprises exageradas, no Japão eram semanalmente. Sendo assim, nos últimos episódios, quando os heróis tiveram apenas mais 20 dias de permanência na Terra, o tempo avançava consideravelmente entre um episódio e outro. Mas é claro que teve episódios muito engraçados e bizarros, como todo Sentai deve ter, e o mais tosco de todos sem dúvida é o 26, Abóboras Selvagens, que nos arranca boas gargalhadas. Há aqueles cheios de mensagem de amizade e companheirismo, de trabalho em grupo e perseverança, uma das máximas de séries e desenhos nipônicos, e um grande exemplo foi o episódio 6, A Super Máquina, em que a moto de Din, a Red Turbo Laser, acaba destruída, e graças aos amigos que ofereceram as peças de suas motos que ele pudesse reaproveitar, conseguiu reconstruir a máquina. Só tem um errinho... como dizia no episódio, a moto de Din o acompanhou por muitos anos no planeta Flash, então como se explica o nome Suzuki no veículo? Será que a gigantesca empresa japonesa de veículos teria uma filial em outros planetas? Outro detalhe que não posso deixar passar em branco é Flash King tocando uma flauta (mais especificamente o rabo do monstro) nesse mesmo episódio. Mas o melhor episódio em minha opinião foi A Cidade do Terror, que, entre outras coisas, marca a presença de um personagem interessante, a andróide Siberia, que dura somente um episódio. Já que os vilões de Flashman não são tão ricos nem tem mortes em batalhas empolgantes quanto os dos Changeman, A Cidade do Terror nos presenteia com uma cena épica de luta entre Din e Kaura no meio de uma tempestade, que chega a nos emocionar de tamanha ferocidade. Também nesse episódio há um flash (ok, é trocadilho mesmo) da mãe de Din lendo para ele o clássico de Oscar Wilde, O Príncipe Feliz. Para o enredo que a série teve, não ficou nada de fora e a trama ficou bem completa. O último episódio é que deixou a desejar, o tempo foi corrido demais, até mais que o que seria considerado o normal (duas horas para montar um robô e matar o monstro é sacanagem), para tanta coisa acontecer ao mesmo tempo, inclusive acabando com Mess em tempo recorde. E pensando bem, até que foi interessante a aniquilação dos vilões principais sem o chororô que era nos Changeman, ressaltando aqui o último combate entre Red Flash e Wandar no episódio 47, O Grito da Morte, que bastante ferido a cria de Keflen acaba entrando em colapso e explodindo sozinho. Pena que Nefer teve um fim ainda mais sem graça, porém fofinho, sendo que ela sim era uma vilã terrível, com suas miragens em 3D fazia nossos heróis quase enlouquecerem em poucos segundos.  Mas os Flashman não voltam ao plantea Flash sem antes prometerem retornar ao seu planeta de origem, e anos mais tarde, cumprindo a promessa ou não, Green Flash faz uma participação especial em outro Sentai, estou doido para ver isso, preciso caçar nos Youtubes da vida.
Dizem que Flashman foi feito com mais recursos e verbas que Changeman, não duvido, pois a Toei crescia bastante entre uma produção e outra, sempre lucrando cada vez mais com seus seriados. A qualidade do design dos heróis, dos monstros, das naves, dos equipamentos e até dos efeitos, sem dúvida superam as dos Changeman. Ah, e sabe a dublagem do seriado? É com as mesmas vozes de A Volta dos Mortos Vivos, clássico de Dan O` Bannon de 85, pode conferir.

Mag era a mais importante aliada

Kerao aprende a importância da amizade

Flash King é destruído

Operação Gran Titan


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